Validação transcultural da versão moçambicana da escala de autoeficácia em Educação Física inclusiva

Abstract

Introdução: A validação transcultural é um processo que se relaciona com a compreensão do outro. Objetivo: analisar as propriedades psicométricas e a estrutura fatorial da versão moçambicana da Self-Efficacy Scale for Physical Education Teacher Education Majors toward Children with Disabilities (SE-PETE-D) (Block et al., 2013), denominada de Escala de Autoeficácia na Educação Física Inclusiva (EAE-EFI). Como objetivos secundários, analisar o impacto do género e das experiências individuais em lecionar a disciplina de Educação Física (EF) numa perspetiva inclusiva. Metodológia: Foi realizada uma adaptação e uma validação para o contexto linguístico e cultural Moçambicano a partir da versão validada para a população portuguesa por Campos et al. (2022). Participaram 149 estudantes estagiários de EF, sendo 109 de género masculino (M=24,46 ± DP=3,16) e 40 do género feminino (M=21,38±DP=5,18) recrutados em cursos de EF nas universidades das zonas Sul, Centro e Norte de Moçambique. Foi utilizada a Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para testar a robustez da estrutura fatorial do instrumento. Resultados: Os valores dos índices de bondade e de ajustamento do modelo atestam a fidignidade da versão Moçambicana (NFI=0,83; TLI=0,91; CFI=0,92; IFI=0,92; RMSEA =0,074). Os valores de Alpha de Cronbach de cada uma das variáveis observadas variaram entre 0,786 e 0,823 para Deficiência Intelectual (DI), entre 0,732 e 0,826 para Deficiência Física (DF) e entre 0,729 e 0,847 para Deficiência Visual (DV), demonstrando valores bons de consistência interna. Relativamente ao género, não se observaram diferenças significativas nas dimensões da autoeficácia. Quanto à experiência no ensino de aluno com deficiência, foram observadas diferenças significativas (p˂0.01), Conclusões: Propor programas de intervenções mais específicas e realistas.

Keywords

• Educação
• Física
• Autoeficácia
• Formação
• Inicial
• Inclusão