Revista Brasileira de Oftalmologia (Aug 2021)

Tarsal buckling como complicação de correção cirúrgica de ptose congênita

  • Aline Vilani da Silva Rezende,
  • Bruna Stefane Silva Cotta,
  • Denise Matos Takahashi,
  • Mariela Grossi Donato,
  • Lívia Maria Neiva Pereira,
  • Anita Junqueira Leite

DOI
https://doi.org/10.37039/1982.8551.20210023
Journal volume & issue
Vol. 80, no. 4

Abstract

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RESUMO O presente trabalho objetivou relatar um caso de tarsal buckling associado a prolapso conjuntival e à inversão de pálpebra superior como complicação da correção cirúrgica de ptose residual. Paciente do sexo feminino, 15 anos, portadora de ptose palpebral residual unilateral em olho direito, secundária à correção parcial da ptose palpebral congênita operada na infância. A segunda abordagem cirúrgica foi realizada com ressecção da aponeurose do músculo levantador da pálpebra superior, que evoluiu com inversão conjuntival da pálpebra superior. A fragilidade estrutural do tarso é a principal hipótese para justificar o tarsal buckling subsequente à cirurgia. Houve resolução completa do tarsal buckling, porém houve também persistência da ptose palpebral. O tarsal buckling é, portanto, uma complicação cirúrgica incomum, que pode ocorrer na correção da ptose palpebral, em que há rotação posterior da metade superior do tarso, fazendo com que este se curve verticalmente sobre seu eixo, favorecendo o prolapso conjuntival. A suspeição diagnóstica e a reabordagem cirúrgica precoce favorecem a resolução da condição e previnem possíveis complicações visuais.

Keywords