Travessias (Aug 2023)

As mulheres são todas iguais?

  • Bruna Agliardi Verastegui

DOI
https://doi.org/10.48075/rt.v17i2.31460
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 2

Abstract

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Este artigo tem o objetivo de analisar as representações de gênero, raça e classe contidas nos contos Maria, de Conceição Evaristo (1991), e Amor, de Clarice Lispector (1960), de forma interseccional. As duas narrativas foram escritas na contemporaneidade, mas trazem representações distintas, uma vez que as personagens Maria e Ana, respectivamente, estão posicionadas enquanto sujeitas em locais diferentes e, portanto, perpassadas por fatores diversos. No âmbito metodológico, realiza-se uma análise cultural, enquanto no âmbito teórico faz-se uso de autoras como bell hooks (2019); Grada Kilomba (2019); Lélia González (1982); entre outras. De modo preliminar, é possível perceber que, embora as duas personagens sejam mulheres, elas não são representadas do mesmo modo, já que enquanto Ana é uma dona de casa de classe média que pode cuidar de seus filhos em período integral, Maria é uma empregada doméstica que trabalha excessivamente para sustentar os seus, o que faz com que preocupações diferentes atravessem cada uma.

Keywords