Revista Portuguesa de Cardiologia (Feb 2021)
Patient and caregiver productivity loss and indirect costs associated with cardiovascular events in Portugal
Abstract
Objectives: To present the Portuguese results of a multi-country cross-sectional survey aiming to estimate productivity loss in the first year after an acute coronary syndrome (ACS) or stroke. Methods: Patients previously hospitalized for ACS or stroke were enrolled during a routine cardiology/neurology visit 3-12 months after the index event and ≥4 weeks after returning to work. Productivity loss for the patient and the caregiver in the previous four weeks were reported by the patient using the validated iMTA Productivity Cost Questionnaire (iPCQ). Hours lost were converted into eight-hour work days and prorated to one year, combined with initial hospitalization and sick leave, and valued according to Portuguese labor costs. Results: The analysis included 39 employed patients with ACS (mean age 51 years, 80% men, 95% with myocardial infarction, mean left ventricular ejection fraction 55%) and 31 with stroke (mean age 50 years, 80% men, all ischemic, 77% with modified Rankin Scale 0-1); 41% of ACS and 10% of stroke patients had a history of cardiovascular disease. Mean (SD) productivity loss for patients and caregivers was 47 (62) work days for ACS and 76 (101) work days for stroke. ACS patients lost 37 (39) and caregivers lost 10 (42) work days. Stroke patients and caregivers lost 65 (78) and 12 (38) work days, respectively. Total mean indirect cost per case was €5403 (€7095) and €8726 (€11 558) for employed patients with ACS and stroke, respectively. Conclusions: The annual proportions of productive time lost by employed patients due to ACS and stroke in Portugal were 17% and 27%, respectively. Caregivers of these patients lost about 5% of their annual productive time. Resumo: Objetivo: Apresentar os resultados portugueses de um estudo de corte transversal desenvolvido em vários países que estima a perda de produtividade no primeiro ano após eventos de síndrome coronária aguda (SCA) ou de acidente vascular cerebral (AVC). Método: Doentes previamente hospitalizados por SCA ou AVC foram recrutados em consultas de cardiologia e neurologia 3-12 meses após índice de hospitalização por evento e quatro semanas após regresso ao trabalho. Perda de produtividade de doentes e cuidadores foi reportada pelos doentes nas quatro semanas anteriores utilizando o validado iMTA Productivity Cost Questionnaire (iPCQ). Horas perdidas foram convertidas em dias de trabalho com duração de oito horas e dimensionados a um ano, combinadas com hospitalização inicial e baixa médica e valorados segundo o custo laboral em Portugal. Resultados: A análise incluiu doentes empregados, dos quais 39 sofreram SCA (51 anos, 80% homens, 95% enfarte do miocárdio, 55% fração de ejeção ventricular esquerda) e 31 sofreram AVC (50 anos, 80% homens, 100% doenças isquémicas do coração, 77% escala 0-1 modificada de Rankin); 41% dos doentes com SCA e 10% dos doentes com AVC tinham história de doenças cardiovasculares. A produtividade perdida média (DP) para doentes e cuidadores, em dias de trabalho, foi 47 (62) para SCA e 76 (101) para AVC. Doentes e cuidadores de SCA perderam 37 (39) e 10 (42) dias de trabalho, respetivamente. Doentes e cuidadores de AVC perderam 65 (78) e 12 (38) dias de trabalho, respetivamente. O custo total indireto foi €5,403 (€7,095) e €8,726 (€11,558) por doente empregado com SCA e AVC, respetivamente. Conclusão: Em Portugal, as proporções anuais de tempo produtivo perdido para doentes empregados após SCA e AVC foram, respetivamente, 17% e 27%. Cuidadores destes doentes perderam cerca de 5% do seu tempo produtivo anual.