Saúde e Sociedade (Jun 2013)

Quando a porta de entrada não resolve: análise das unidades de saúde da família no município de Rio Branco, Acre

  • Herleis Maria de Almeida Chagas,
  • Maria da Penha Costa Vasconcellos

DOI
https://doi.org/10.1590/S0104-12902013000200010
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 2
pp. 377 – 388

Abstract

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Esta pesquisa tem como objetivo conhecer e compreender a realidade de algumas Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Rio Branco - Acre, no sentido de contribuir para a reflexão sobre uma das estruturas tão complexa, como as demais, que é "a porta de entrada" na atenção básica, do sistema de saúde brasileiro. A experiência de campo deste estudo concentrou-se em um Segmento de Saúde localizado na Região da Baixada do Sol, tendo como Unidade de Referência o Centro de Saúde Augusto Hidalgo de Lima; a pesquisa foi realizada em quatro Unidades de Saúde da Família, entre os anos 2008 e 2009. Trata-se de um estudo qualitativo de perspectiva etnográfica que teve como técnicas de coleta de dados a observação participante e o grupo focal. Observou-se, durante a pesquisa de campo, que a comunidade não identifica a Unidade de Saúde da Família como um serviço capaz de resolver seus problemas de saúde, fato que leva à procura por outros serviços. Dentre as fragilidades encontradas, podemos citar: o acolhimento nas USF; recursos humanos não qualificados; a desorganização do processo de trabalho nos aspectos assistenciais, gerenciais e organizacionais. Os resultados mostram que o trabalho das equipes de saúde da família no Município de Rio Branco é centrado no médico e no atendimento curativo e que alguns profissionais organizam seu processo de trabalho de forma individual e fragmentada, dificultando o trabalho em equipe.

Keywords