Demetra (Oct 2014)

CONSUMO DE ALIMENTOS ENTRE ADOLESCENTES DE UM ESTADO DO NORDESTE BRASILEIRO

  • Maylla Luanna Barbosa Martins,
  • Sueli Rosina Tonial,
  • Mônica Elinor Alves Gama,
  • Thaynara Helena Ribeiro e Silva,
  • Juliana Menezes Ribeiro,
  • Janaina Maiana Abreu Barbosa

DOI
https://doi.org/10.12957/demetra.2014.9693
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 2
pp. 577 – 594

Abstract

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Objetivo: Verificar alimentos consumidos por adolescentes no estado do Maranhão, incluindo o consumo de alimentos regionais. Métodos: Trata-se de estudo descritivo com dados oriundos de pesquisa de base populacional realizada em 2007/2008 no estado do Maranhão, com amostra de 1.399 adolescentes, em que foram investigados dados demográficos e estado nutricional diagnosticado pelo índice de massa corporal, segundo critério da Organização Mundial da Saúde (2007). O consumo de alimentos foi avaliado através de Questionário de Frequência Alimentar (validado para garantia da regionalização do consumo). Resultados: A maior parte dos adolescentes tinha baixa renda familiar (rendimento de até um salário mínimo - 42,5%). Registraram-se sobrepeso em 12% da população, baixo-peso em 4,6% e obesidade em 4,2%. Os alimentos mais consumidos diariamente pelos adolescentes foram café (82,3%), arroz (77,2%), margarina e manteiga (50,8%), feijão (50,6%), farinha (47,3%) e pão (40,1%). Alimentos do grupo das frutas, hortaliças, carnes e ovos, leite e derivados obtiveram baixa frequência de consumo diário, bem como alimentos que geralmente são preferidos pelos adolescentes, como os do grupo de açúcares, doces e fast food. Também foi registrado baixo consumo de alimentos regionais dos grupos das frutas, hortaliças, tubérculos e cereais, como bacuri/cupuaçu, juçara, vinagreira, cuxá, maxixe, quiabo, beiju e caranguejo. Conclusão: O consumo de alimentos pelos adolescentes maranhenses configura uma alimentação monótona e pobre em nutrientes, possivelmente decorrente da baixa renda da população. Assim, medidas de intervenção precisam ser adotadas visando ampliar o consumo de alimentos regionais tão ricos em nutrientes, evitando-se agravantes para a saúde desses indivíduos. DOI: http://dx.doi.org/10.12957/demetra.2014.9693

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