Brazilian Journal of Radiation Sciences (May 2015)

Avaliação da sensibilidade de monitores de contaminação para aplicação em monitoração da exposição interna de trabalhadores em medicina nuclear

  • Bernardo Maranhão Dantas,
  • Salomão Marques de Oliveira,
  • Ana Letícia Almeida Dantas,
  • Jânima Cruz de Assis

DOI
https://doi.org/10.15392/bjrs.v3i1A.95
Journal volume & issue
Vol. 3, no. 1A

Abstract

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Na prática da Medicina Nuclear, profissionais especializados manipulam rotineiramente radiofármacos para fins de diagnóstico e terapia. O controle das incorporações de radionuclídeos pelos trabalhadores pode ser realizado por meio de técnicas de dosimetria interna, como parte integrante do programa de proteção radiológica da instalação. O uso de radiofármacos para fins terapêuticos e diagnósticos in vivo e in vitro, no Brasil, é regulamentado pelas Normas CNEN-NE 3.05 e CNEN-NN 3.01. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) recomenda a implantação de um programa de monitoração interna nos trabalhadores, em especial àqueles sujeitos à possibilidade de exposição a doses efetivas anuais superiores a 1 mSv. Cabe ressaltar que, atualmente, no Brasil, não estão disponíveis laboratórios capacitados a prestar serviços de monitoração interna em todas as regiões no território nacional, caso fosse aplicada pela CNEN, a exigência de monitoração interna dos trabalhadores. Este trabalho apresenta o desenvolvimento de uma metodologia simples e de baixo custo para monitoração in vivo de 131I na tireoide. A metodologia proposta consiste na utilização de monitores portáteis de contaminação superficial, equipamentos disponíveis e rotineiramente utilizados em todos os serviços de medicina nuclear do Brasil. Os monitores foram calibrados com simulador de pescoço-tireoide desenvolvido no Laboratório de Monitoração In Vivo do IRD. Os equipamentos testados são adequados para sua aplicação em monitoração ocupacional in vivo de tiroide. Esta conclusão baseia-se no fato de que os sistemas de deteção apresentam sensibilidade suficiente para a monitoração até sete dias após a incorporação do radionuclídeo e garante a detecção de 131I em valores que resultem em doses efetivas inferiores a 1 mSv, para os cenários de exposição adotados.

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