Domínios de Lingu@gem (Mar 2018)

Correferência e relativização na Língua de Sinais Brasileira: descrição e verificação de hipóteses

  • Lizandra Caires do Prado,
  • Rozana Reigota Naves,
  • Heloisa Maria Moreira Lima Salles

DOI
https://doi.org/10.14393/dl33-v12n1a2018-6
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 1
pp. 147 – 178

Abstract

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Analisamos neste estudo as relações anafóricas em estruturas oracionais sintaticamente dependentes, considerando a hipótese da relativização em Língua de Sinais Brasileira (LSB). Tendo como pressuposto a teoria gerativa, investigamos: (i) as estruturas relativas são possíveis na LSB? (ii) há a presença ou não do antecedente e do relativizador? (iii) qual a função do elemento que ocupa a posição relativizada, caso esteja presente? Propomos que a criação da referência em LSB é feita por um localizador (Loc), realizado através da apontação de posições definidas no espaço de sinalização para indicar referentes presentes ou ausentes no espaço físico, os quais constituem a categoria dos determinantes, nessa língua. A partir dessa análise, estudamos a relação da correferência em estruturas que envolvem um antecedente e uma posição referencialmente vinculada em uma oração sintaticamente dependente, que postulamos corresponder a uma estrutura relativa. Pela análise dos dados, observamos que o morfema relativo não aparece lexicalmente realizado na sentença. Nesse sentido, as relativas em LSB ocorrem de três maneiras: (i) antecedente- Loc + nominal + elemento localizador relativizado manifesto ou nulo; (ii) antecedente- Loc + elemento localizador relativizado manifesto ou nulo; e (iii) antecedente- nominal + elemento localizador relativizado manifesto ou nulo. Além disso, o localizador que ocupa a posição relativizada pode ser apagado.

Keywords