Acta Paulista de Enfermagem (Aug 2023)

Burnout, COVID-19, apoio social e insegurança alimentar em trabalhadores da saúde

  • Rosana Maria Barreto Colichi,
  • Larissa Cassiano Bernardo,
  • Simone Cristina Paixão Dias Baptista,
  • Alan Francisco Fonseca,
  • Silke Anna Theresa Weber,
  • Silvana Andrea Molina Lima

DOI
https://doi.org/10.37689/acta-ape/2023ao003933
Journal volume & issue
Vol. 36

Abstract

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Resumo Objetivo Avaliar a prevalência de risco para a Síndrome de Burnout entre profissionais da saúde de áreas de atendimento a pacientes com COVID-19, bem como verificar possíveis associações da síndrome com o apoio social percebido e com a insegurança alimentar desses trabalhadores. Métodos Estudo transversal analítico, com trabalhadores de unidades de terapia intensiva (UTI) e de enfermarias de atendimento a pacientes com COVID-19, em um hospital universitário. A coleta de dados foi realizada no período de setembro a outubro de 2021, utilizando os instrumentos: Inventário de Burnout de Maslach (MBI-HSS), Escala Multidimensional de Suporte Social Percebido e Escala de Vivência da Insegurança Alimentar (FIES). A análise estatística utilizou modelos de regressão de Poisson e regressão múltipla de Poisson, sendo consideradas diferenças e associações estatisticamente significativas se p<0,05. Resultados 75 trabalhadores de três enfermarias (48%) e de uma UTI (52%) participaram da pesquisa, sendo que os profissionais são, em sua maioria, do sexo feminino (89,3%), formados(as) como técnicos de enfermagem (66,7%). Em relação ao risco de Síndrome de Burnout , 26,7% dos trabalhadores apresentaram escores para pelo menos uma dimensão da escala, principalmente à referente a alta exaustão emocional (20%); verificou-se a associação positiva entre o risco de desenvolver Síndrome de Burnout e a insegurança alimentar (RP = 1,11; IC95% = (1,04; 1,18); p = 0,002). O número de filhos associou-se significativamente de forma negativa à incidência de Síndrome de Burnout (RP = 0,90; IC95% = (0,83; 0,97); p = 0,008). Conclusão Foram observadas associações positivas de maior risco de SB em profissionais com insegurança alimentar e, também, que o número de filhos atua como fator protetivo ao risco de Síndrome de Burnout , o que pode estar relacionado diretamente ao apoio social percebido.

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