Revista Brasileira de Ciências Ambientais (Dec 2013)
Estudo de distintos níveis holárquicos para uma região metropolitana por meio da aplicação de Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde
Abstract
Problemas ambientais e de saúde adquirem caráter, magnitude e imprevisibilidade em grandes metrópoles, havendo pouco entendimento das motricidades desses processos e fraca articulação da unidade metropolitana para com seus componentes, os municípios. Este artigo objetiva estabelecer uma concepção teórica e metodológica para abordagem de um sistema metropolitano, a Região Metropolitana de São Paulo, sob uma perspectiva de sustentabilidade ambiental e de saúde. Para isso, estuda-se a metrópole enquanto sistema holárquico auto-organizável aberto, aplicando-se uma matriz de indicadores de modo a diferenciar como questões socioeconômicas, ambientais e de saúde se distribuem conferindo características singulares aos 39 municípios componentes, compreendidos como hólons. Aplica-se a análise sobre a questão das áreas de mananciais distribuídas de modo desigual em municípios periféricos, os quais possuem condições precárias de pressão por ocupação, indicadores de inclusão social e de saúde. Os resultados obtidos permitem inferir que a sustentabilidade necessita ser analisada a partir de outras centralidades que se constituem em uma região metropolitana, como na questão do provimento de serviços ambientais como a água, superando a expressão de determinados municípios concentradores de população e renda. Esta concepção pode ser considerada como relevante motivação à retomada da gestão metropolitana com foco na sustentabilidade.