Millenium (Sep 2021)

versão portuguesa do gugging swallowing screen

  • Isabel de Jesus Oliveira,
  • Germano Rodrigues Couto,
  • Alfredina Moreira,
  • Carlos Gonçalves,
  • Marlene Marques,
  • Pedro Lopes Ferreira

DOI
https://doi.org/10.29352/mill0216.24585
Journal volume & issue
no. 16
pp. 93 – 101

Abstract

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Introdução: A disfagia é uma complicação frequente após o acidente vascular cerebral (AVC), estando associada a maior risco de pneumonia, desidratação e desnutrição. O rastreio precoce reduz a incidência de pneumonia após AVC. Objetivo: Traduzir, adaptar e testar a versão portuguesa do Gugging Swallowing Screen. Métodos: 226 doentes com AVC foram prospectivamente incluídos num estudo multicêntrico e o Gugging Swallowing Screen aplicado pelos enfermeiros no momento de admissão. Os resultados foram comparados com as pontuações da National Institute Health Stroke Scale, a Escala de Coma de Glasgow e o juízo clínico do enfermeiro. A fiabilidade entre avaliadores foi calculada. Resultados: A incidência de disfagia foi de 47.3%. A sensibilidade, a especificidade e a área sob a curva característica operatória do recetor foram, respetivamente, 85.4%, 84.6% e 0.892, usando o juízo clínico como referência. Foi estabelecida uma associação estatisticamente significativa entre rastreio positivo e maior déficit neurológico (χ2 = 32.99; p <0.001) e ausência de disfagia com coma leve (χ2 = 15.15; p <0.001). Foi alcançada uma excelente confiabilidade inter observadores (k = 0.940). Conclusão: Os resultados sugerem que a versão portuguesa produz resultados semelhantes à versão original, é de simples aplicação pelo enfermeiro à cabeceira do doente, confiável e com sensibilidade adequada para orientar os profissionais de saúde na determinação da necessidade de uma avaliação mais abrangente.

Keywords