Vivência (Mar 2019)

APRENDENDO A “OLHAR SOBRE OS OMBROS”

  • Mariana Leal Rodrigues

DOI
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2018v1n51ID17178
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 51

Abstract

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A produção de registros audiovisuais e fotográficos ao longo da realização de uma pesquisa antropológica pode contribuir com a formação de vínculos entre o pesquisador e os grupos pesquisados, a partir da constante devolução das imagens e sons. Mas também propõe desafios, torna o trabalho de campo mais árduo e coloca em questão a maneira como são representadas as pessoas pesquisadas. O objetivo deste artigo é analisar como, ao longo de dez anos de pesquisa, as fotografias e filmes produzidos com base nos princípios do cinema de observação foram apropriados e circulados pelos grupos pesquisados nos processos de reconhecimento como patrimônio imaterial de saberes tradicionais sobre plantas medicinais. A experiência da pesquisa permite analisar alguns limites e algumas potencialidades da fotografia e dos registros audiovisuais e como se produzem novos sentidos e identidades a partir do uso e da circulação desses materiais.