Brazilian Journal of Veterinary Medicine (May 2018)

Fatores associados a disposição de consumidores em adquirir carne bovina com certificação de origem na cidade do Rio de Janeiro, Brasil

  • Marcos Aurélio Lopes,
  • Danielle Rodrigues Magalhães,
  • Peter Bitencourt Faria,
  • Fábio Raphael Pascoti Bruhn,
  • Stela Márcia Pereira,
  • Fabiana Alves Demeu

DOI
https://doi.org/10.29374/2527-2179.bjvm027117
Journal volume & issue
Vol. 39, no. 2
pp. 100 – 110

Abstract

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Objetivou-se verificar a influência dos fatores socioeconômicos na disposição de 400 consumidores, do município do Rio de Janeiro, RJ, em adquirir carne bovina com certificação de origem e verificar as características inerentes ao produto que auxiliam o consumidor no momento da compra. Foi realizada uma análise descritiva de todas as variáveis e, posteriormente, realizado a análise univariada por teste qui-quadrado (X2). As variáveis foram adicionadas no modelo múltiplo da regressão logística Generalized Estimating Equations (GEE) e, para todas as variáveis presentes no modelo final (p ≤ 0,05), foi calculado o risco por meio da Odds Ratio (OR) ajustada a um intervalo de confiança de 95%. Os fatores socioeconômicos influenciaram a disposição dos consumidores do Rio de Janeiro em adquirir carne bovina com certificação de origem. Os entrevistados estão dispostos a comprar carne rastreada, sendo em sua maioria consumidores com renda acima de sete salários mínimos; e estão dispostos a pagar até 5% a mais por esse produto. Os atributos intrínsecos mais importantes na tomada de decisão no momento da compra da carne foram a cor, maciez e textura da carne, odor e a pouca quantidade de gordura. A maioria dos consumidores do Rio de Janeiro nunca ouviu falar sobre carne rastreada ou com certificação de origem. Um dos benefícios citados pela maioria dos consumidores com menor escolaridade é que a carne rastreada tem mais qualidade, é mais saborosa e nutritiva. A desvantagem relatada pela maioria das mulheres é que a carne com certificação acarreta uma supervalorização. Porém, os entrevistados estão dispostos a pagar até 10% a mais pelo produto.

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