Revista de Agricultura Neotropical (Aug 2019)
DIVERGÊNCIA GENÉTICA ENTRE HÍBRIDOS DE MILHO EM CONDIÇÕES DE DEFICIÊNCIA HÍDRICA
Abstract
Na obtenção de cultivares adaptados às condições edafoclimáticas de uma determinada região ou estresse específico, é importante que as diferenças entre os cultivares estejam sob controle genético. Diante disso, objetivou-se determinar a divergência genética entre híbridos experimentais de milho (Zea mays) quanto à resistência a condições de seca. Para tal, realizou-se um ensaio em ambiente protegido no delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos dispostos em um arranjo fatorial 28 x 2, em que 28 híbridos experimentais de milho, oriundos do Programa de melhoramento da UFT, foram avaliados em duas condições hídricas (a 20% e a 80% da CC) utilizando metodologia adaptada do lisímetro. Decorridos 20 dias da emergência, foram avaliadas 15 características. Na análise de divergência genética, empregou-se o método de agrupamento de otimização de Tocher e o método hierárquico do vizinho mais próximo, utilizando a distância generalizada de Mahalanobis (D2) como medida de dissimilaridade e o critério de Singh para quantificar a contribuição relativa das características na divergência. As medidas de dissimilaridade genética, estimadas pela distância de Mahalanobis, apresentaram magnitudes de 1,64 a 40,54 no ambiente 20% CC, e de 1,52 a 43,46 no ambiente 80% CC, indicando a presença de variabilidade genética na população. Com isso, sugere-se a combinação dos híbridos 6 e 10 no ambiente 20% CC, e entre 1 e 17 no ambiente 80% CC para a obtenção de híbridos com maior efeito heterótico.