Gestão do desconforto causado pela imobilização em vítimas de trauma - mitigar um “mal necessário”
Mauro Mota,
Madalena Cunha,
Margarida Reis Santos
Affiliations
Mauro Mota
Department of Community Medicine, Information and Health Decision Sciences, University of Porto, Porto, Portugal. Health School of the Polytechnic Institute of Viseu, Portugal.
Madalena Cunha
Health School of the Polytechnic Institute of Viseu, Portugal. UICISA: E/ESEnfC - Cluster at the Health School of Polytechnic Institute of Viseu, Viseu, Portugal. Academic Clinical Centre of Beiras
Margarida Reis Santos
CINTESIS – Center for Health Technology and Services Research, University of Porto, Porto, Portugal. Nursing School of Porto, Porto, Portugal. Institute of Biomedical Sciences Abel Salazar, University of Porto, Porto, Portugal.
O trauma é uma importante causa de mortalidade e morbilidade, um fenómeno altamente prevalente e impactante, que exige uma resposta complexa devido à sua apresentação clínica multiforme (Mota, Cunha, et al., 2021). Acresce a essa importante repercussão hemodinâmica imediata, cuja gravidade cursa frequentemente em choque hipovolémico e morte, dor aguda severa (superior a 7 numa escala de 0 a 10) em mais de 40% das vítimas (Mota, Santos, et al., 2021a), desconforto provocado pelo frio superior a 5 (numa escala de 0 a 10) em mais de 17% (Mota, Santos, et al., 2021b) e outras manifestações de desconforto que ainda não reúnem consenso e atenção junto da comunidade académia. Destas emerge uma em particular, cuja etiologia se deve por inteiro às intervenções ministradas pelas equipas de socorro – o desconforto provocado pela imobilização.