Este artigo discute como os aposentos de uma famosa sacerdotisa do candomblé foram transformados em um local patrimonializado. O Memorial de Mãe Menininha do Gantois mostra que o museu pode ser entendido como uma “linguagem” específica de status e prestígio. Esse lugar, portanto, permite refletir sobre o que acontece quando novos atores na esfera pública se apropriam e transformam essa linguagem. Embora as dimensões profanas da musealização sejam evidentes, argumentamos que, no caso deste memorial, esse processo não diminui a natureza sagrada desse sítio, mas a articula de uma nova maneira.