Revista Filosófica de Coimbra (Mar 2024)

“Que o sonhar bem nem mesmo morrendo se perde”

  • Ana Raquel Rodrigues Loio Pinto

DOI
https://doi.org/10.14195/0872-0851_65_1
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 65

Abstract

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María Zambrano efetua uma abordagem do sonho enquanto fenómeno que acontece não apenas no sono, mas também na vigília. Um sonho decifrado, em termos da compreensão do fenómeno, é um sonho criador, um sonhar bem, um estado que toca a eternidade por transcender o tempo. Num momento da sua vida, Zambrano observava silenciosamente as ruínas do Fórum Romano e decifrou o sonho, compreendendo subitamente como as ruínas metaforizavam o humano. O ser humano é aquele que procura edificar os seus sonhos e transcender o acabamento, fundindo-se com a natureza (o que é simbolizado pela hera que invade as ruínas).

Keywords