Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (Oct 2021)
Diversidade de inimigos naturais em algodão cultivado em diferentes espaçamentos
Abstract
Estimativas precisas de métricas faunísticas de inimigos naturais são relevantes para desenvolvimento de técnicas de manejo de pragas. Com esse conhecimento é possível otimizar o controle quando as populações alcançam o limiar econômico, com ênfase na adoção de práticas mais sustentáveis, como aquelas que preconizam o controle biológico conservativo. Diante disso, a presente pesquisa procurou caracterizar a diversidade faunística de inimigos naturais do pulgão do algodão cultivado em diferentes espaçamentos. A pesquisa foi conduzida em campo experimental da Embrapa Algodão. Foram adotados os seguintes espaçamentos: 0,40 m x 0,20 m (E1), 0,80 m x 0,20 m (E2) e 1,60 m x 0,20 m (E3). A análise faunística revelou que existe diferença no padrão de ocorrência dos inimigos naturais Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera, Chrysopidae), Cycloneda sanguinea (Linnnaeus, 1763) (Coleoptera: Coccinelidae), Scymnus sp. (Coleoptera, Coccinelidae), Toxomerus sp. (Diptera: Syrphidae) e Orius insidiosus (Say) (Heteroptera, Anthocoridae) em função dos espaçamentos (entre linhas) adotados. De uma forma geral, a espécie mais abundante foi Lysiphlebus testaceipes (Cresson) (Hymenoptera: Aphidiidae). Por outro lado, não existem evidências de diferença entre os espaçamentos para os índices de diversidade de Shannon, o índice de Equabilidade de Pielou e o índice de Simpson. Portanto, os resultados do presente estudo reforçam a hipótese que a frequência individual das espécies de inimigos naturais levantadas varia conforme a configuração de plantio do algodão,com exceção do parasitoide L. testaceips que ocorreu em todos os espaçamentos estudados.
Keywords