Revista Educação e Cultura Contemporânea (Jun 2015)

Razão prática, ética e educação

  • Ralph Ings Bannell

DOI
https://doi.org/10.5935/reeduc.v12i28.1362
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 28

Abstract

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Esse artigo reflete sobre duas teorias de razão prática e da ética/ moral: a de Jürgen Habermas, um universalista e cognitivista forte; a de Alasdair MacIntyre, um contextualista e cognitivista fraco. Rejeito a teoria de Habermas e concentro na de MacIntyre, para avaliar a formação moral– em termos de virtudes – que ele considera necessária para desenvolver a razão prática e uma vida boa. Argumento que a base aristotélica da teoria não permite MacIntyre perceber que suas recomendações para o tipo de sociedade e política necessárias para praticar e desenvolver as virtudes, não reconhecem a necessidade de transcender a economia capitalista e a Estado-Nação. Além disso, as virtudes, segundo MacIntyre, se fundamentam numa concepção de lei natural, algo que precisa ser superado para dar conta da historicidade de valores morais. O que fundamenta as razões morais para agir são as necessidades dos mais vulneráveis numa sociedade e não uma lei natural abstrata.