Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Sep 2005)

A comparação entre o transplante de células tronco mononucleares e mesenquimais no infarto do miocárdio Comparison of mononuclear and mesenchymal stem cell transplantation in myocardium infarction

  • Luiz Cesar Guarita-Souza,
  • Katherine Atahyde Teixeira de Carvalho,
  • Carmen Rebelatto,
  • Alexandra Senegaglia,
  • Paula Hansen,
  • Marcos Furuta,
  • Nelson Miyague,
  • Julio César Francisco,
  • Márcia Olandoski,
  • Vinícius Woitowicz,
  • Rossana Simeoni,
  • José Rocha Faria-Neto,
  • Paulo Brofman

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-76382005000300007
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 3
pp. 270 – 278

Abstract

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INTRODUÇÃO: O transplante de células no miocárdio tem se mostrado tecnicamente reprodutível, entretanto, existem dúvidas em relação a melhor fração das células da medula óssea a ser utilizada. Desta forma, o objetivo deste estudo é analisar o resultado do transplante de células tronco mononucleares (MO) e mesenquimais (ME) no infarto do miocárdio. MÉTODO: Quarenta e dois ratos Wistar foram induzidos ao infarto do miocárdio. Após uma semana, os animais foram submetidos à ecocardiografia para avaliação da fração de ejeção (FE) e dos volumes diastólico (VDFVE) e sistólico (VSFVE) finais do ventrículo esquerdo. Após dois dias, os animais foram reoperados e divididos em grupos: 1) controle (n=21), que recebeu 0,15 ml de meio de cultura, 2) MO (n=8) e 3) ME (n=13), que receberam 3x10(6) células mononucleares e mesenquimais, respectivamente, no infarto. As MO foram obtidas a partir de uma punção da medula e isoladas pelo método Ficoll-Hypaque, as ME, após o mesmo processo, foram cultivadas por 14 dias. Os animais foram submetidos à ecocardiografia após um mês. A histologia foi realizada pelo método Tricrômio de Gomery. RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos na ecocardiografia de base. Entretanto, um mês após o transplante, observou-se uma diminuição da FE no grupo controle e uma estabilização nos demais grupos. Os três grupos apresentaram dilatação ventricular. A análise histológica do infarto identificou, no grupo ME, células endoteliais e musculares lisas, no grupo MO, apenas células endoteliais. CONCLUSÕES: Tanto o grupo MO, como o ME, apresentaram uma estabilização da FE após o infarto do miocárdio, uma regeneração vascular, entretanto, com remodelamento ventricular.BACKGROUND: Bone marrow stem cell (SC) transplantation into failing myocardium has emerged as a novel therapeutic option for the treatment of ventricular dysfunction. Both mononuclear (MoSC) and mesenchymal (MeSC) stem cells have been proposed as ideal cell types to this goal. The objective of this study is to compare the efficacy of these cells in improving ventricular function in a rat model of post-infarct ventricular dysfunction. METHOD: Myocardial infarction was induced in Wistar rats by left coronary occlusion. After 1 week, 42 animals with resulting ejection fractions (EF) lower than 30% were included in the study. MoSC and MeSC were obtained from bone marrow aspirates and separated by the Ficoll-Hypaque method. MeSC were cultured for 14 days before injection. Nine days after infarction, rats received intramyocardial injections of MoSC (n=8), MeSC (n=13) or culture medium as a control (n=21). Echocardiographic evaluation was performed at baseline and after one month. RESULTS: There were no significant differences in the baseline ejection fractions or the left ventricular end diastolic volumes (LVEDV) between all groups. After 1 month, ejection fraction decreased in the Control Group and remained unchanged in MoSC and MeSC Groups. In all three groups ventricular dilation was observed. Histopathology of the infarcted area where injections were performed identified new smooth muscle cells and endothelial cells in the MeSC Group and only new endothelial cells in MoSC Group CONCLUSIONS: Both MoSC and MeSC provided stabilization in the ejection fraction in this post-infarction ventricular dysfunction model however, no therapy prevented ventricular dilation.

Keywords