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Consentir na criopreservação de embriões: perceção de casais usuários de medicina da reprodução

  • Susana Silva,
  • Catarina Samorinha,
  • Bruno Rodrigues Alves,
  • Cláudia de Freitas,
  • Helena Machado

DOI
https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0841
Journal volume & issue
no. 0

Abstract

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Este estudo qualitativo analisou as perceções de casais quanto aos fatores que contextualizam o consentimento livre e esclarecido na criopreservação de embriões, a partir de 34 entrevistas semiestruturadas, em Portugal. Analisaram-se os dados segundo os princípios da grounded theory. Dos resultados emergiram as seguintes necessidades: provisão de informações detalhadas, rigorosas, coerentes e no tempo adequado sobre os custos e duração da criopreservação e o destino dos embriões; reforço da privacidade física; tempo para refletir sobre o destino dos embriões e a divulgação da identidade dos beneficiários. As condições de aplicação do consentimento parecem ameaçar três dos seus elementos fundamentais: informação, voluntarismo e ponderação. Importa desenvolver orientações ético-profissionais que assegurem um consentimento assente em práticas de aconselhamento e prestação de informação adequadas às necessidades e expectativas dos pacientes.

Keywords