Revista Polis e Psique (Sep 2019)
Transitar pela fresta: corporalidades e diferenças na escrita acadêmica
Abstract
Este texto-ensaio versa sobre modos possíveis de produção de conhecimento, suas especificidades e valoração na cultura contemporânea e, mais especificamente, no âmbito acadêmico, lugar privilegiado para esta tarefa. Acionamos uma narrativa ficcional e propomos uma perspectiva de trabalho com teorias e interlocutoras como efeito, sobretudo, dos encontros do/no coletivo. Buscamos performatizar experiências que queremos tornar audíveis e acessíveis, tensionando o discurso acadêmico. Sentimo-nos provocadas em compor a partir das diferenças encontradas nas bordas do fazer acadêmico, acolhê-las, reverenciá-las e nos imbuirmos das experiências e escritas minoritárias. Assim, questionamos sobre a potência da fresta como lugar que assume e comporta tensão entre corpos e saberes diferentes, no entremeio de espaços, mundos, experiências. Ao mesmo tempo, indica-nos um lócus de criação de outros modos de perguntar, pesquisar, escrever, contar, divergir, estar em relação, produzir conhecimento. O texto apresenta elementos dessa discussão para fazer com que a problematização proposta siga potente.
Keywords