Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Oct 2022)

Análise de custo-efetividade do teste de cadeias leves livres (Freelite®) para o diagnóstico de gamopatia monoclonal

  • Bruno Salgado Riveros,
  • Fernando Caporal,
  • Elyara Maria Soares,
  • Fulvio Facco

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2016.v2.n2.p.13-20
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 2

Abstract

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Os protocolos de diagnóstico atuais para gamopatia monoclonal (GM) dependem da eletroforese de proteínas do soro (EFPS) como a única avaliação inicial para a proteína monoclonal, ainda que limitada no que diz respeito à sua sensibilidade. A associação do teste de cadeia leve livre no soro (CLL, Freelite®) resulta na diminuição do número de resultados falso-negativos. Buscamos avaliar a eficiência de CLLs para o diagnóstico de GM no Sistema Único de Saúde (SUS) e na Sistema de Saúde Suplementar (SSS). Os dados de um estudo publicado em pacientes com suspeita de GM (n = 652) foi usado para a árvore de decisão. O modelo foi desenvolvido para distinguir qual protocolo de diagnóstico fornece o valor mais alto para cada unidade monetária investida. Foram testados o protocolo padrão (PP) (EFPS como auxílio na via de diagnóstico), e dois comparadores, PP + CLLs (PP1) e PP + CLLs + IFS (PP2). Os resultados foram interpretados como a quantidade de moeda (BRL) gasta para cada diagnóstico correto incremental de GM. A simulação probabilística indicou um ICER médio de R$ 1.192 e R$ 1.470 para a PP1 e PP2, respectivamente, no SUS. Para SSS, os respectivos ICER foram BRL 3620 e 4193. Considerando um limiar superior a R$ 1.500 (SUS) e $ 4.000 (SSS), PP1 é a estratégia mais provável que seja custo-benefício. A adição do teste de CLLs melhora a eficiência dos recursos financeiros atribuídos ao diagnóstico de GM, no que diz respeito às abordagens adotadas tanto no SUS quanto no SSS.

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