Revista Educar + (Aug 2017)

FAZENDO ARTE COM A POESIA

  • Izadora da Cunha Fernandes,
  • Milene Machado Benito,
  • Gisiane Vieira Añaña

DOI
https://doi.org/10.15536/reducarmais.0.2015.%p.711
Journal volume & issue
no. 1

Abstract

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O grande avanço tecnológico trouxe desinteresse para com a leitura, o que reflete diretamente na hora da escrita na sala de aula, com a apresentação de deficiências no vocabulário e na argumentação de produções textuais. Buscando desenvolver o gosto pela leitura foi criado o projeto “FAZENDO ARTE COM A POESIA”, aplicado aos alunos do 8º e 9º anos da E.M.E.F. Presidente João Goulart. Tomando como ponto inicial o livro, “O menino que brincava com as palavras”, os alunos foram incentivados a fazer suas releituras e a produzir suas próprias poesias de forma lúdica, recitando-as e interpretando-as. A criatividade e o entusiasmo apresentado pelos participantes foram demonstrados através da construção de brinquedos, pela participação nas oficinas realizadas, nas rodas de conversas e demais atividades desenvolvidas.Recitar poesias e interpretá-las pode desenvolver nos alunos o gosto pela leitura proporcionando experiências significativas e prazerosas. O resultado até aqui, elevou a motivação e reacendeu o gosto pela leitura, tornando possível uma produção textual de melhor qualidade e o surgimento de novos escritores. Ler é uma forma de preencher a solidão do ser humano, é um momento de recolhimento, reflexão, meditação e um diálogo consigo mesmo. O contato com o livro é muito necessário principalmente nos primeiros anos de vida, é necessária a criação de um hábito, é preciso desenvolver o gosto pelos livros e pela leitura. Quando lemos um texto, somos sujeitos numa relação de diálogo com o autor. De nada vai acrescentar em nossas vidas a simples memorização da opinião de um autor sem a devida reflexão. Cabe a escola, captar esses recursos, utilizar toda essa motivação para inovar, criar mecanismos para desenvolver o espírito literário que habita em todo o ser humano, despertando no aluno a paixão pela leitura, pela investigação, pela pesquisa. Haverá sempre a necessidade do homem de se exprimir, de comunicar seus anseios, suas ideias. Acredita-se na sobrevivência da linguagem propriamente dita, em sua forma convencional que não será vencida pela linguagem meramente visual e animada. O futuro do material do livro está a perigo, não a leitura.