Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Nov 2024)

Liga Acadêmica de Farmácia Social e Clínica (LAFSC): pesquisa, ensino e extensão para a formação profissional

  • Luciano Pereira de Oliveira,
  • Renata Freitas A. T. Calumby,
  • Adrielly Brito Araujo,
  • Caroline Sampaio de Souza,
  • Íngara Keisle São Paulo Barreto Miranda,
  • Isabella Mary Alves Reis,
  • Fernanda Pinheiro de Carvalho Ribeiro

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2019.v4.s1.p.79
Journal volume & issue
Vol. 4, no. s.1

Abstract

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Introdução: Em resposta às crescentes transformações da profissão farmacêutica, emerge a necessidade de se repensar as práticas educacionais a fim de formar profissionais voltados a atender às demandas sociais. Muitos são os desafios para a formação de profissionais para atuar na prática clínica de forma segura e efetiva. Para tal, faz-se necessário o desenvolvimento de habilidades práticas que transitam além do conhecimento teórico-científico, mas perpassam por diferentes esferas de desenvolvimento cognitivo humano, como o aprendizado social e afetivo. Assim, torna-se necessário integrar os quatro pilares da educação: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver com os outros; e aprender a ser. A LAFSC foi criada com a finalidade de mobilizar estudantes universitários e a sociedade em geral em prol do desenvolvimento, promoção e ampliação dos seus conhecimentos acerca do papel social do farmacêutico no âmbito da Farmácia Clínica. Objetivo: A proposta deste trabalho é descrever as contribuições para a formação profissional e as experiências vivenciadas pelos membros da LAFSC no desenvolvi[1]mento de habilidade prática, relacionada à prestação de serviços clínicos farmacêuticos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, tendo como público alvo estudantes do curso de farmácia que participaram da LAFSC, entre os anos de 2018 a 2019. Resultados: A LAFSC contou neste período com 37 integrantes, dentre eles quatro docentes orientadoras. Os discentes em sua maioria (70%) cursavam entre o quarto e sexto semestre. As reuniões aconteceram mensalmente aos sábados, nas quais eram traçadas atividades para cada integrante, realizadas oficinas com simulação realística, elaboração de material didático e discussão de temas relacionados à Farmácia Clínica. Além disso, em seu primeiro semestre de atuação a liga promoveu: um curso de Farmácia Clínica aberto à comunidade acadêmica; coletou alimentos para doação em ONG de apoio à saúde de crianças e adolescentes; participou de um evento acadêmico para a promoção do conhecimento sobre a atuação do farmacêutico clínico e orientações sobre o descarte de medicamentos; e promoveu uma ação social no centro da cidade de Feira de Santana-Ba, na qual foram prestados serviços farmacêuticos à comunidade. Os membros da liga relataram que a participação em atividades extracurriculares contribuiu para consolidação na sua formação profissional e como sujeitos sociais. Conclusão: Existem poucos estudos que avaliam o impacto da participação dos discentes em ligas acadêmicas em farmácia para a formação profissional. As atividades desenvolvidas pelos discentes possibilitaram que os mesmos assumissem um papel ativo no processo de aprendizado e no desenvolvimento de educação comunitária. Assim, esta experiência ressaltou a importância da participação dos discentes em projetos com o proposito de fomentar discussões sobre temas relacionados à prática clínica farmacêutica.