Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Dec 1989)

Hemólise em circulação extracorpórea: estudo comparativo entre bomba de rolete e bomba centrífuga Hemolysis in extracorporeal circulation: a comparative study between roller and centrifugal pumps

  • Paulo M Pêgo-Fernandes,
  • Flávio Miura,
  • Sérgio S Higa,
  • Luiz Felipe P Moreira,
  • Luís Alberto Dallan,
  • Dalton A. F Chamone,
  • Sérgio de Almeida Oliveira,
  • Noedir A. G Stolf,
  • Adib D Jatene

Journal volume & issue
Vol. 4, no. 3
pp. 220 – 224

Abstract

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O uso de bomba centrífuga como suporte circulatório para pacientes em choque cardiogênico, após a realização de cirurgia cardíaca e como suporte para pacientes com falência cardíaca que estão aguardando doação para transplante cardíaco, tem sido progressivamente ampliado. Alguns centros utilizam a bomba centrífuga em circulação extracorpórea de rotina, como substituto do rolete arterial,. No INCOR, operamos dois grupos de pacientes triarteriais submetidos a revascularização do miocárdio, operados pelo mesmo cirurgião, com o mesmo método de proteção miocárdica (cardioplegia cristalóide, hipotermia sistêmica a 28ºC e tópica com soro fisiológico). Todos os parâmetros dos dois grupos foram sem diferença estatística no pré-operatório: idade, sexo, superfície corpórea e parâmetros hematológicos. Foram operados 27 pacientes consecutivos e divididos, alternadamente, em 13 pacientes com bomba centrífuga e 14 com rolete arterial. O oxigenador utilizado em todos foi o de bolhas da Macchi. O perfusionista foi sempre o mesmo. O tempo de perfusão médio foi de 105 minutos no Grupo 1 (rolete) e 103 minutos no Grupo 2 (bomba centrífuga). Analisamos os seguintes parâmetros: haptoglobina (HP), tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), tempo de trombina (TT) e número e plaquetas pré e pós circulação extracorpórea e, comparando-se os dois grupos, não houve diferença estatística significante entre eles, nos diversos parâmetros. Concluímos que, para circulação extracorpórea com duração habitual, não há diferença hematológica no uso da bomba centrífuga em relação ao rolete arterial.The utilization of centrifugal pumps as circulatory support in patients with cardiogenic shock after cardiac surgery and as support in patients waiting for cardiac transplant has been progressively extended. Some centers utilize the centrifugal pump in routine extracorporeal circulation as a substitute for roller pump. At INCOR, we operared upon 2 groups of triple vessel disease patients submitted to coronary arterial bypass graft (CABG). They were operated upon by the same surgeon, with the same perfusionist and with the same perfusionist and the same myocardial protection method (cristaloid cardioplegia, systemic hipotermia at 28C and topic hipotermia with NaCI 0,9%). All pre-operatory parameters in both groups were statistically similar: age, sex, corporeal surface and analized hematologic parameters). Twenty-seven patients were consecutively and alternatively operated, 13 with centrifugal pump and 14 with roller pump. We utilized the Macchi bubble oxygenator. The average perfusion time was 105 minutes in the roller pump group and 103 minutes in the centrifugal pump group. We analized protrombin time, haptoglobin, activated partial tromboplastin time, trombin time and platelet number in the pre and pos extracorporeal circulation time, comparing both groups. There was no statistical significant difference between the several parameters. We conclude that in habitual duration extracorporeal circulation there is no hematological difference between centrifugal and roller pumps.

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