Classica, Revista Brasileira de Estudos Clássicos (Dec 1991)

Propércio e a leitura dos sinais divinatórios

  • Zelia de Almeida Cardoso

DOI
https://doi.org/10.24277/classica.v4i4.583
Journal volume & issue
Vol. 4, no. 4
pp. 163 – 181

Abstract

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A história de Roma, desde os seus primórdios, está vinculada a adivinhações de sinais feitas por áugures e arúspices. O povo aceitava passivamente essas práticas e as julgava legítimas. Os intelectuais, porém, mostram posições bastante pessoais quanto a esse hábito. Enquanto alguns filósofos, como Cícero e Lucrécio, as criticam com base em princípios racionais, os poetas não as encaram de maneira similar. Virgílio e Tibulo, por exemplo, tratam do assunto com naturalidade, parecendo considerar a prática divinatória como parte da tradição cultural romana; Propércio, entretanto, valendo-se de recursos artísticos, ridiculariza a adivinhação sob todos os seus aspectos, tratando-a com jocosidade e irreverência.

Keywords