Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Jun 2003)

Carotid artery inflow in operations to correct aortic diseases (ascending, arch and descending) Circulação extracorpórea pela artéria carótida comum direita na correção de doenças da aorta ascendente, arco aórtico e aorta descendente

  • Januário M. Souza,
  • Salomon O. Rojas,
  • Marcos F. Berlinck,
  • Ricardo Mazzieri,
  • Paulo A. F. Oliveira,
  • Jose Renato M. Martins,
  • Dante F. Senra,
  • Rogério Petrassi,
  • Sérgio Almeida de Oliveira

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-76382003000200005
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 2
pp. 137 – 141

Abstract

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OBJECTIVE: Femoral artery cannulation has been used as the preferred option in operations to correct ascending aorta and aortic arch aneurysms and dissections. The axillary artery is an alternative site for cannulation. We have used arterial inflow via the common carotid artery in nine patients. METHOD: Nine patients were operated on with ages ranging from 46 to 80 years (mean 62.1 ± 12.54), six were male. Four patients had true aneurysms, three had aortic dissections and two a combination of dissections and true aneurysms. Five patients had undergone previous cardiovascular operations. Deep hypothermia with circulation arrest was used in two patients and in seven, antegrade cerebral perfusion was used. RESULTS: All nine patients awoke from the operation without cerebral damage. Two patients died, one on the 7th postoperative day due to respiratory failure and the other one on the third postoperative day due to a rupture of a thoracoabdominal aortic aneurysm. CONCLUSION: The carotid artery can be a safe alternative of arterial inflow in operations to correct ascending aorta and aortic arch diseases. This strategy allows antegrade cerebral perfusion during the operation even during arch resection and reconstruction.OBJETIVO: A canulação da artéria femoral tem sido a via mais comum para o retorno arterial, nas operações para correção de aneurismas ou dissecções da aorta ascendente e ou arco aórtico. Mais recentemente, a artéria subclávia também tem sido usada. O objetivo deste trabalho é apresentar uma experiência inicial, com nove pacientes, em que se utilizou a artéria carótida comum direita para este retorno. MÉTODO: Operaram-se nove pacientes com idade de 46 - 80 anos (62,1± 12,54), seis eram do sexo masculino, quatro tinham aneurismas verdadeiros, três apresentavam dissecções e, em dois, havia combinação de dissecção com aneurisma verdadeiro. Eram cinco reoperações. Em quatro pacientes (reoperações) a circulação extracorpórea (CEC) foi estabelecida utilizando-se artéria carótida direita e a toracotomia foi feita quando a temperatura esofágica alcançou 20ºC, nesses casos a drenagem venosa foi realizada por uma das veias femorais. Nos demais pacientes, a CEC foi estabelecida entre a artéria carótida comum direita e o átrio direito. Em ambas situações a artéria carótida comum direita foi incisada e um tubo de PTFE foi anastomosado à arteriotomia, sendo a linha arterial conectada a este tubo. A temperatura dos pacientes variou de 15 a 30ºC, dependendo da extensão da doença. O tempo de CEC variou de 80 a 198 min. (120,9±44,32). Em dois pacientes realizou-se parada circulatória, em sete pacientes utilizou-se hipofluxo (perfusão cerebral anterógrada). RESULTADOS: Sete pacientes tiveram boa evolução e dois faleceram, um por insuficiência respiratória no sétimo pós-operatório e outro por rotura de um aneurisma tóraco-abdominal no terceiro dia pós-operatório. Todos os nove pacientes acordaram sem qualquer seqüela neurológica. CONCLUSÕES: Nesta técnica pode-se estabelecer a CEC antes da toracotomia, o que é importante nas reoperações, permitindo manter perfusão cerebral anterógrada com hipofluxo durante procedimento no arco aórtico.

Keywords