Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Jun 2010)

Questões atuais relativas à dosagem e à descrição da excreção urinária de albumina Current issues in measurement and report of urinary albumin excretion

  • W. Greg Miller,
  • David E. Bruns,
  • Glen L. Hortin,
  • Sverre Sandberg,
  • Kristin M. Aakre,
  • Matthew J. McQueen,
  • Yoshihisa Itoh,
  • John C. Lieske,
  • David W. Seccombe,
  • Graham Jones,
  • David M. Bunk,
  • Gary C. Curhan,
  • Andrew S. Narva

DOI
https://doi.org/10.1590/S1676-24442010000300006
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 3
pp. 187 – 206

Abstract

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ANTECEDENTES: A excreção urinária de albumina indica lesão nos rins e é reconhecida como fator de risco para a progressão das doenças renal e cardiovascular. A dosagem da albumina urinária chama a atenção sobre a necessidade clínica de relatos de resultados precisos e claramente descritos. O National Kidney Disease Education Program e a Federação Internacional de Química Clínica e Medicina Laboratorial (IFCC) reuniram-se para avaliar o estado atual das questões pré-analíticas, analíticas e pós-analíticas que afetam as dosagens da albumina na urina e para identificar as áreas que necessitam de melhorias. CONTEÚDO: A química da albumina na urina não é completamente compreendida. Diretrizes atuais recomendam a utilização da relação albumina/creatinina (RAC) como substituta para a coleta de amostras cronometradas de urina, frequentemente inadequadas. Os resultados da RAC são afetados pela preparação do paciente, pela hora do dia da coleta das amostras e não é padronizada. Foram relatadas consideráveis diferenças intermétodos para a dosagem tanto de albumina quanto de creatinina, mas a verdade é desconhecida, porque não existem procedimentos de referência para a dosagem de albumina e não há materiais de referência para qualquer um desses analitos na urina. Os intervalos de referência recomendados para a RAC não consideram as grandes diferenças intergrupos na excreção da creatinina (por exemplo, relacionadas com diferenças em idade, sexo e etnia), nem o aumento contínuo no risco relacionado com a excreção de albumina. DISCUSSÃO: Necessidades clínicas foram identificadas para a padronização de (a) métodos de coleta da urina, (b) dosagens de albumina e de creatinina na urina com base em um sistema de referência completo, (c) relatórios dos resultados dos testes e (d) intervalos de referência para a RAC.BACKGROUND: Urinary excretion of albumin indicates kidney damage and is recognized as a risk factor for progression of kidney disease and cardiovascular disease. The role of urinary albumin measurements has focused attention on the clinical need for accurate and clearly reported results. The National Kidney Disease Education Program and the IFCC convened a conference to assess the current state of preanalytical, analytical, and postanalytical issues affecting urine albumin measurements and to identify areas needing improvement. CONTENT: The chemistry of albumin in urine is incompletely understood. Current guidelines recommend the use of the albumin/creatinine ratio (ACR) as a surrogate for the error-prone collection of timed urine samples. Although ACR results are affected by patient preparation and time of day of sample collection, neither is standardized. Considerable intermethod differences have been reported for both albumin and creatinine measurement, but trueness is unknown because there are no reference measurement procedures for albumin and no reference materials for either analyte in urine. The recommended reference intervals for the ACR do not take into account the large intergroup differences in creatinine excretion (e.g., related to differences in age, sex, and ethnicity) nor the continuous increase in risk related to albumin excretion. DISCUSSION: Clinical needs have been identified for standardization of (a) urine collection methods, (b) urine albumin and creatinine measurements based on a complete reference system, (c) reporting of test results, and (d) reference intervals for the ACR.