Revista Brasileira de Anestesiologia (Feb 2012)

Controle da dor por bloqueio peridural e incidência de disritmias cardíacas no pós-operatório de procedimentos cirúrgicos torácicos e abdominais altos: estudo comparativo

  • Rohnelt Machado de Oliveira,
  • Sérgio Bernardo Tenório,
  • Pedro Paulo Tanaka,
  • Dalton Precoma

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942012000100003
Journal volume & issue
Vol. 62, no. 1
pp. 14 – 18

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Operações no abdome superior e tórax provocam intensa dor. Entre as principais complicações da dor pós-operatória estão as complicações cardiocirculatórias. O objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de que a analgesia pós-operatória com o emprego de anestésicos locais mais opioides espinhais pode reduzir a incidência de complicações cardiovasculares no pós-operatório de pacientes nessas condições, comparando-se a métodos clássicos de analgesia pós-operatória, opioides e AINES, administrados segundo demanda do paciente. MÉTODO: Oitenta pacientes adultos ASA I e II, sem alterações ECG, alocados em dois grupos de 40: Grupo A, sob anestesia geral com propofol, cisatracúrio e isoflurano, associado à anestesia peridural, com cateter e controle da analgesia pós-operatória com bupivacaína e morfina peridural; e Grupo B, sob anestesia geral com as mesmas drogas e doses que o Grupo A, mais analgesia pós-operatória realizada com AINES e morfina endovenosa no final da operação e em intervalos regulares. Em ambos foi aplicado Holter por 24 horas. A avaliação da dor foi realizada pela escala analógica visual. RESULTADOS: Na avaliação da dor observou-se no Grupo A evidente predomínio do escore 0 (p 50 anos (22,2% versus 0,0%. p = 0,26). Não se observou diferença significativa da frequência cardíaca entre os grupos (p > 0,05). CONCLUSÕES: A melhor qualidade da analgesia no pós-operatório, realizada nos pacientes do Grupo A, reduziu a incidência de complicações cardiovasculares

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