REDES: Revista Hispana para el Análisis de Redes Sociales (Jan 2012)

Rappers em São Paulo: conexões, disconexões e transgressões

  • Charles Kirschbaum

DOI
https://doi.org/10.5565/rev/redes.429
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 1

Abstract

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Um "campo organizacional" pode ser descrito como uma rede social de atores que estão envolvidos no monitoramento recíproco. Nosso objetivo principal é investigar em que medida os atores sociais dedicam atenção semelhante, dependendo das categorias sociais que eles partilham. Foram entrevistados 35 rappers na cidade de São Paulo, Brasil. Ao longo das entrevistas, mostramos aos nossos entrevistados uma lista de 246 grupos de rap de destaque no Brasil. Para cada grupo, perguntamos aos nossos entrevistados se poderiam apresentar-se com esse grupo no mesmo concerto. Como resultado, obtivemos uma lista de possíveis laços entre os rappers. Nossa análise gerou uma “rede consenso”, juntamente com a análise das semelhanças entre os entrevistados, de acordo com suas respostas. Coletou-se o estilo de rap que melhor representava cada entrevistado. Além do estilo, foram coletadas variáveis de controle como idade, tempo no campo, educação formal, renda e repertório. A educação formal, renda e repertório foram significantes, independentemente da afiliação do entrevistado. As afiliações a igrejas pentecostais e ao estilo Underground foram positivas e significantes. Foram geradas agregações parciais das respostas com base nessas categorias, a fim de aprofundar-se a análise da forma como grupos de entrevistados diferem em seus padrões associativos. Abstract: An “organizational field” might be depicted as a social network of actors who are engaged in reciprocal monitoring. Our major goal is to probe the extent that social actors devote similar cognitive attention depending on the social categories they share. We interviewed 35 rappers in the city of São Paulo, Brazil. Throughout the interviews, we showed to our respondents a list of 246 prominent rap groups in Brazil. For each group, we asked our interviewees who could play with that group at the same concert. As a result, we obtained a list of possible (cognitive) ties among rappers. Our analysis generated a consensus network, along with the analysis of similarities among interviewees vis-à-vis their answers. We collected the rap style that best represented each interviewee. In addition to the rap category, we collected control variables like age, time in the field, formal education, income, and repertoire. Formal education, income, and repertoire were significant, regardless of the respondent’s affiliation. Affiliation to Pentecostal churches and to the Underground rap style were positive and significant. Partial aggregated answers based on these categories were generated in order to further explore how respondents’ groups differ in their associational patterns.

Keywords