Acta Ortopédica Brasileira (Jan 2010)
Estudo biomecânico da rigidez da osteossíntese com placas em ponte em tíbias de cadáveres humanos Biomechanical study of the osteosynthesis stiffness with bridging plates in cadaveric tibial models
Abstract
OBJETIVO: comparar a rigidez de três diferentes montagens de placa em ponte com a da haste intramedular bloqueada, em tíbias de cadáveres com fratura tipo C. MATERIAIS E MÉTODOS: vinte tíbias humanas captadas de cadáveres, submetidas à fratura do tipo C; quinze fixadas com placas em ponte, divididas em 03 grupos, de acordo com o tamanho das placas (10, 14 e 18 furos) e 05 fixadas com hastes intramedulares bloqueadas. Todas as tíbias foram expostas a cargas progressivas e semelhantes. Foram medidos os deslocamentos de ambos fragmentos (proximal e distal), nos planos sagital, coronal e axial do espaço, conforme incremento gradual de carga. RESULTADOS: tíbias fixadas com placas em ponte de 18 furos apresentam um comportamento biomecânico semelhante às fixadas com haste intramedular bloqueada. CONCLUSÕES: Em fraturas do tipo C em tíbias há maior mobilidade do segmento ósseo distal no plano coronal, quando a fratura é fixada com placas em ponte de 14 e 18 furos que quando fixada com haste intramedular bloqueada sem fresagem. Apesar dessa maior mobilidade, os movimentos relativos entre os fragmentos fraturários nos GHB e GP18 tendem a ser semelhantes entre si.OBJECTIVE: To compare the stiffness of three different assemblies of bridging plates with intramedullary locking nails in cadaveric models of tibial fractures type C. MATERIALS AND METHODS: Twenty cadaveric tibias subjected to type C fractures; fifteen were fixed with the bridging plate technique and divided into three groups, according to the plate size (10, 14 and 18 holes), and five were fixed with intramedullary nail. All the tibias were exposed to similar and progressive loads. Dislocation of both fragments (proximal and distal) was measured on three planes (sagittal, coronal and axial), as the load was increased. RESULTS: tibias fixed with the 18 hole bridging plate have the same biomechanical behavior of tibias fixed with intramedullary locking nails. CONCLUSIONS: In type C tibial fractures, there is more mobility at the distal segment on the coronal plane when the fracture is fixed with 14 and 18 holes bridging plates as compared to fractures fixed with non-reamed intramedullary locking nails. Even with this mobility, the relative movements between the fragments at GHB and GP18 seem to be similar.
Keywords