Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Jan 2023)

Avaliação da assistência farmacêutica prestada em farmácias comunitárias de um município baiano

  • Bruno Andrade Amaral,
  • Daniella Farias Campos de Souza,
  • Jéssica Caline Lemos Macedo

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2016.v1.s1.p.12
Journal volume & issue
Vol. 1, no. s. 1

Abstract

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Introdução: A Assistência Farmacêutica engloba um conjunto de ações relacionadas ao medicamento, ressaltando a orientação do profissional farmacêutico ao paciente com a finalidade de assegurar o sucesso da farmacoterapia. Esse trabalho tem como objetivo analisar as atividades de Assistência Farmacêutica (AF) desenvolvidas pelos estabelecimentos do município de Poções-BA e avaliar conhecimentos e as atitudes dos farmacêuticos responsáveis. Material e Método: A pesquisa foi realizada no período de agosto a setembro de 2015, em farmácias e drogarias de Poções- BA, para analisar as atividades de Assistência Farmacêutica (AF) desenvolvidas pelos estabelecimentos e avaliar conhecimentos e as atitudes dos farmacêuticos responsáveis. A relação dos estabelecimentos foi solicitada à Vigilância Sanitária de Poções, sendo 21 drogarias e farmácias e todas foram visitadas. Para coleta de dados, elaborou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas, baseado em estudos similares, que foi aplicado pelo pesquisador, sendo respondido pelo farmacêutico responsável durante entrevistas realizadas no local. Excluíram-se os estabelecimentos cujos proprietários ou gerentes e farmacêuticos se recusaram a participar do estudo ou não foram localizados após três visitas. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade Independente do Nordeste, parecer 46194415.2.0000.5578. Resultados: Das 21 drogarias e farmácias visitadas, em 13, os proprietários ou gerentes e farmacêuticos aceitaram participar da pesquisa, porém apenas 10 responderam aos questionários. Os 10 questionários foram respondidos por farmacêuticos, todos responsáveis técnicos, sendo 60% dos entrevistados do gênero masculino. A população entrevistada consistia em 50% de recém-formados entre 26-35 anos. As fontes de informação mais consultadas foram Internet, seguida de Revistas Especializadas; e DEF (Dicionário de Especialidades Farmacêuticas). Em cinco das 10 farmácias abordadas realiza-se treinamento interno. Em sete farmácias há um local reservado para atendimento farmacêutico. Houve seis farmacêuticos que relataram já haver detectado um PRM (Problema Relacionado ao Medicamento), entretanto não há dentre estes algum que o documente; apenas três informaram fazer contato com o prescritor quando necessário. Discussão: O funcionamento da farmácia requer a presença obrigatória do farmacêutico como responsável técnico, o que não foi observado com o estudo. Além disso, a prestação dos serviços de AF requer suporte para um atendimento adequado ao paciente. Para tanto, o estabelecimento se encarrega em fornecer as condições apropriadas para o desenvolvimento das atividades farmacêuticas, porém, muitos estabelecimentos e profissionais não cumpriam com a legislação vigente, uma vez que os farmacêuticos apresentavam-se despreparados. Conclusões: Este estudo e outros estudos de metodologias similares e aplicadas em diferentes regiões do país mostram a lenta evolução e pouca aplicabilidade das mudanças previstas nas legislações, e reforça a grande necessidade de medidas mais efetivas para a regulação dos serviços de atenção farmacêutica. utica.