Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento (Nov 2022)

Biomarcadores antropométricos e deficiência de ferro em mulheres obesas: uma revisão sistemática

  • Iraí­ldo Francisco Soares,
  • Débora Thaís Sampaio da Silva

Journal volume & issue
Vol. 16, no. 101
pp. 353 – 361

Abstract

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Ficou claro que, a deficiência de ferro e a obesidade, não representam apenas a coincidência de duas condições frequentes, mas estão ligadas de forma molecular e se afetam mutuamente. Nesse contexto, diferentes hipóteses têm sido sugeridas para elucidar a relação entre marcadores de obesidade e deficiência de ferro. Uma das principais hipóteses está relacionada ao processo inflamatório. Esta revisão objetivou analisar a relação dos biomarcadores antropométricos e a deficiência de ferro apresentada em mulheres adultas com obesidades. O estudo realizado trata-se de uma revisão sistemática da literatura que utilizou a estratégia PIOT. O mapeamento bibliográfico dessa revisão trouxe evidências publicadas nas bases de dados PubMed/Medline e BVS, abrangendo os anos entre 2018 e 2021. Os estudos foram classificados com nível I, sendo de alto poder estatístico, apresentando uma revisão considerada como segura em relação ao seu nível de evidência. A pesquisa contou com 4 artigos explorados, abordando dados antropométricos e alguns biomarcadores. Ao analisar em conjunto todos os artigos apresentados, pode-se inferir que sobrepeso e a obesidade são um fator de risco em mulheres com idades entre 18 e 49 anos. Além disso, os perímetros antropométricos peso, IMC e circunferência da cintura aumentados estavam diretamente relacionados aos níveis diminutos de ferro no organismo dessas mulheres. Foi possível concluir que a hipótese de que a produção elevada de hepcidina na obesidade faz com que esta seja um bom candidato para explicar a anemia em mulheres obesas e que o aumento da inflamação e os níveis de leptina em obesos podem reduzir a disponibilidade do ferro.

Keywords