Semina: Ciências Agrárias (Jul 2023)

Investigação de Campilobacteriose e Tricomonose genital em touros de propriedades rurais do Pantanal Mato-Grossense, Brasil

  • Liana Cristina de Moura Soares,
  • Ricardo César Tavares Carvalho,
  • Elsa Helena Walter de Santana,
  • Tathiana Ferguson Motheo,
  • Maria Fernanda Aranega Pimentel,
  • Eliana Scarcelli Pinheiro,
  • Fernanda Calvo Duarte,
  • Fabio Bernardo Schein ,
  • Carlos Eduardo Pereira dos Santos,
  • Marcelo Diniz dos Santos

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2023v44n3p989
Journal volume & issue
Vol. 44, no. 3

Abstract

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Campilobacteriose genital bovina (CGB) e Tricomonose bovina (TB) são doenças infectocontagiosas de transmissão venérea, assintomáticas nos touros, sendo consideradas como importantes enfermidades causadoras de falha reprodutiva, morte embrionária ou abortamento, ocasionando perdas econômicas significativas em rebanhos bovinos infectados. CGB é causada pela bactéria Campylobacter fetus subsp. venerealis e Campylobacter fetus subsp. fetus, e TB pelo protozoário Tritrichomonas foetus. O estado de Mato Grosso é detentor do maior rebanho bovino do Brasil, envolve a região do Pantanal Mato-Grossense que possui grandes extensões de terra, com ciclo anual de enchentes e a reprodução dos animais realizada predominantemente por monta natural, condições estas, favoráveis a presença de CGB e TB no rebanho. Considerando a carência de informações recentes sobre a ocorrência dessas enfermidades no estado de Mato Grosso, o objetivo deste estudo foi investigar a presença de Campylobacter spp. e Tritrichomonas foetus em 100 touros provenientes dos municípios de Poconé, Santo Antônio de Leverger e Nossa Senhora do Livramento, localizados na região pantaneira do estado de Mato Grosso. Amostras de esmegma prepucial foram coletadas por meio de escarificação via swab prepucial e armazenadas em solução salina a -80ºC. Para a detecção de Campylobacter fetus subsp. venerealis, Campylobacter fetus subsp. fetus, e Tritrichomonas foetus, foi realizada a reação em cadeia pela polimerase (PCR). Apesar do questionário aplicado nas propriedades revelar condições epidemiológicas que favorecem a manutenção e disseminação desses patógenos, este estudo não identificou a presença dos referidos agentes em touros avaliados nas propriedades rurais do pantanal Mato-Grossense.

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