Millenium (Jun 2024)

Literacia dos profissionais de saúde sobre segurança do doente

  • Catarina Amaral,
  • Carlos Sequeira,
  • Núria Albacar-Riobóo,
  • Lara Pinho,
  • Carme Férre-Grau

DOI
https://doi.org/10.29352/mill0224.34598
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 24

Abstract

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Introdução: A segurança do doente é uma questão séria de saúde pública global, focada num sistema de prestação de cuidados que previne erros e é construído sobre uma cultura de segurança que envolve todos os profissionais de saúde, organizações e doentes. Objetivo: Avaliar o nível de literacia dos profissionais de saúde em relação à segurança do doente num centro hospitalar na região central de Portugal. Métodos: Foi realizado um estudo quantitativo, descritivo-correlacional e transversal para avaliar o nível de literacia dos profissionais de saúde em relação à segurança do doente. Uma amostra de 300 profissionais de um Centro Hospitalar na região central de Portugal respondeu ao "Questionário para Avaliar a Implementação do Guia Multiprofissional" da Organização Mundial de Saúde. A maioria dos profissionais de saúde incluídos no estudo são do sexo feminino (76,3%), encontram-se na faixa etária (dos 36-50 anos) 50,3% e são maioritariamente enfermeiros (90%). Resultados: 44,0% dos inquiridos demonstraram baixa literacia na dimensão "Erro e segurança do doente". De forma semelhante, 44,7% apresentaram baixa literacia na dimensão "Segurança do Sistema de Saúde". Quanto à dimensão "Influência Pessoal na Segurança", mais de metade da amostra (52,7%) é altamente letrada. Por último, a maioria dos inquiridos mostrou baixa literacia (54,7%) na dimensão "Atitudes Pessoais em relação à Segurança do Doente". Conclusão: Os resultados apontam existir lacunas por parte dos profissionais de saúde sobre literacia na segurança do doente, com predominância na dimensão "Atitudes Pessoais em Relação à Segurança do Doente". Assim, é essencial que os profissionais de saúde recebam mais formação em segurança do doente para garantir a confiança dos cidadãos nas suas práticas profissionais e na confiança no sistema de saúde.

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