Matrizes (Apr 2019)
Perversão clean na cultura do consumo
Abstract
A cultura contemporânea é montagem perversa, na medida em que busca liberar o sujeito egoísta para o mundo do sensível e da pulsão. Durante o século XX, houve crescente liberação das pulsões, estabelecendo-se uma ligação entre o neurótico consumidor e o perverso puritano. Busca-se a perversão, mas permanecendo-se clean, exigindo, para tal, batidas musicais pulsionais e substâncias variadas com graus entre o neurótico consumidor pós-moderno e o perverso puritano. O resultado é a interiorização da lei de mercado a fim de buscar a satisfação das pulsões, desligando quando possível a função sujeito. Para entender as transformações da cultura comunicacional da cidade perversa, é preciso uma teoria psicanalítica das pulsões e das paixões.