Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science (Jun 2011)

Avaliação histológica e morfométrica do retalho axial oris angularis e da terapia por ondas de choque aplicados a defeito palpebral experimental em cães

  • María Guadalupe Sereno,
  • Cláudia Valéria Seullner Brandão,
  • Bruna Patricia Almeida da Fonseca,
  • Ana Liz Garcia Alves,
  • Giuliana Brasil Croce,
  • Renée Laufer Amorim,
  • João Leandro Vera Chiurciu,
  • Jose Joaquim Titton Ranzani,
  • Carlos Roberto Padovani

DOI
https://doi.org/10.11606/S1413-95962011000300004
Journal volume & issue
Vol. 48, no. 3

Abstract

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Os retalhos de padrão axial têm como característica significativa vascularização intrínseca, considerada uma vantagem sobre outras técnicas. Considerando que complicações isquêmicas podem afetar os retalhos cutâneos, técnicas de salvamento são descritas, dentre estas, a terapia por ondas de choque extracorpóreas (TOCE), descrita como capaz de modular a vascularização e cicatrização dos retalhos. O presente estudo avaliou histológica e morfometricamente 21 amostras de pele; destas, 14 foram submetidas à confecção do retalho axial, sendo sete tratadas também pela TOCE, obtidas da região distal do retalho axial oris angularis, utilizado para a reconstrução de defeitos palpebrais experimentais extensos em cães. Foram avaliadas também sete amostras de pele normal da mesma região acima descrita (grupo controle). Não foram evidenciadas diferenças histológicas significativas no infiltrado inflamatório e atrofia epidérmica microscopicamente. Na análise morfométrica, o número de vasos, a área vascular total e a área média foram semelhantes entre os grupos experimentais. O retalho oris angularis associado ou não à TOCE não apresentou características microscópicas de complicações inflamatórias e atróficas significativas. Sinais de integridade tecidual e vascularização sanguínea adequados foram observados em ambos os grupos tratados, demonstrando efetividade do retalho oris angularis. A aplicação da TOCE no retalho oris angularis, em dose única de 2500 impulsos a 0,15 mJ/mm² no pós-operatório imediato, não promoveu efeitos colaterais deletérios.

Keywords