Clinical and Biomedical Research (Jun 2022)

Prevalência e incidência da hepatite C em pacientes submetidos a transplante renal

  • Maria Lucia Zanotelli,
  • Themis R. da Silveira,
  • Maria C. M. Correa,
  • Marisa Chersky,
  • Guido P.C. Cantisani

Journal volume & issue
Vol. 18, no. 3

Abstract

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OBJETIVO: Investigar a prevalência do anti-VHC em 48 receptores renais e seus respectivos doadores. PACIENTES E MÉTODOS: Foi coletado sangue dos receptores pré-transplante, 6 meses e 1 ano pós-transplante; e dos doadores, no momento da nefrectomia. As 192 amostras foram conservadas a -20 °C. Os testes anti-VHC utilizados foram peptídeos sintéticos (UBI) e ELISA de segunda geração (Abbott). Nos pacientes com positividade ao anti-VHC pelo teste UBI, foi pesquisado o VHC-ARN por reação em cadeia da polimerase. RESULTADOS: Onze de 40 receptores foram anti-VHC positivos pelo teste da UBI e 12 de 48 pelo teste da Abbott pré-transplante. Dezesseis pacientes apresentaram positividade ao anti-VHC no período de 1 ano pós-operatório. Dois positivaram aos 6 meses e um em 1 ano. Um deles apresentou positividade também ao VHC-ARN. Nenhum paciente anti-VHC positivo seroconverteu com 1 ano de seguimento. Verificou-se a presença do VHC-ARN em 50% dos receptores renais. Três de 40 doadores foram anti-VHC positivos pelo teste UBI e 4 de 48 pelo teste Abbott. Dois doadores apresentaram positividade ao VHC-ARN. CONCLUSÕES: 1) A prevalência do anti-VHC pré-transplante foi alta, porém a seroconversão para anti-VHC positivo no seguimento de 1 ano foi baixa; 2) nenhum paciente anti-VHC positivo seroconverteu; 3) houve manutenção da positividade ao VHC-ARN demonstrando persistência da replicação viral apesar da imunossupressão; 4) os doadores anti-VHC positivos, mesmo com a presença do VHC-ARN não transmitiram a infecção através do enxerto renal no seguimento de 1 ano pós-operatório.

Keywords