O Coronavírus bovino (BCoV) faz parte da família Coronaviridae e possui uma cadeia simples de RNA envelopado, podendo ter quatro ou cinco proteínas (M, Sm, He, S e I) que se projetam em uma dupla camada de lipídeos. Além das infecções entéricas relacionadas ao BCoV há também indícios de que ele seja agente de processos respiratórios as quais podem ser fatais em bovinos adultos. Inicialmente ele se replica causando infecções gastrointestinais e posteriormente afeta as os cornetos nasais, traqueia e pulmão. A transmissão do BCoV é horizontal direta, a partir de alimentos ou água contaminada com as fezes ou secreção respiratória contendo o vírus. Seu período de incubação é de três a sete dias, até aparecerem os sinais clínicos de diarreia, porém antes do surgimento dos novos sinais o animal já pode eliminar o vírus em grande quantidade em suas excreções. O diagnóstico pode ser através de ELISA, microscopia eletrônica, cultura viral, PCR e ensaio de hemaglutinação. A profilaxia das infecções por BCoV está relacionada a adoção de práticas corretas de manejo, além, da vacinação em bezerros e animais adultos. Constatou-se no presente trabalho que o coronavírus bovino (BCov) é o agente etiológico responsável por agir e/ou agravar infecções associadas a diarreia e doenças respiratórias em bovinos de todas as idades, sendo um vírus extremamente contagioso, que afeta a sanidade do rebanho e o setor econômico mundial por sua alta morbidade e significante de mortalidade entre os bezerros.