Revista de Saúde Pública (Dec 2008)

Metodologia do estudo da coorte de nascimentos de 1982 a 2004-5, Pelotas, RS Metodologia de estudio de la cohorte de nacimientos de 1982 a 2004-5, Pelotas, Sur de Brasil Methodology of the Pelotas birth cohort study from 1982 to 2004-5, Southern Brazil

  • Fernando C Barros,
  • Cesar G Victora,
  • Bernardo L Horta,
  • Denise P Gigante

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000900003
Journal volume & issue
Vol. 42
pp. 7 – 15

Abstract

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OBJETIVO: Descrever os métodos utilizados no estudo longitudinal e acompanhamento das crianças nascidas em Pelotas (RS) em 1982. MÉTODOS: A coorte foi iniciada com um inquérito de saúde perinatal de todas as 6.011 crianças nascidas nas maternidades de Pelotas em 1982. As 5.914 crianças nascidas vivas foram incluídas nos estudos de acompanhamento. Até 2004-5 foram realizados oito acompanhamentos, com a aplicação de questionários às mães e/ou aos membros da coorte, conforme a faixa etária. Exames antropométricos e clínicos foram realizados nas visitas. Os participantes da coorte são descritos conforme variáveis demográficas, socioeconômicas e de saúde colhidas nos primeiros acompanhamentos, que são utilizadas como variáveis de exposição. RESULTADOS: A maior parte dos jovens da coorte foram acompanhados durante 23 anos de vida e distintas visitas. Os acompanhamentos que obtiveram maior êxito foram aqueles precedidos por um censo da cidade. Com este método foram localizados 87,2% em 1984 (idade média de 19 meses), 84,1% em 2006 (média 43 meses), e 77,4% em 2004-5 (média 23 anos). CONCLUSÕES: Estudos de coorte de nascimentos podem ser realizados com sucesso em países em desenvolvimento, e a metodologia empregada nesses estudos de ciclo vital permite estudar a influência de exposições precoces sobre a determinação das doenças da vida adulta.OBJETIVO: Describir los métodos utilizados en el estudio longitudinal y acompañamiento de los niños nacidos en Pelotas (Sur de Brasil) en 1982. MÉTODOS: La cohorte fue iniciada con una investigación de salud perinatal de todos los 6.011 niños nacidos en las maternidades de Pelotas en 1982. Los 5.914 niños nacidos vivos fueron incluidos en los estudios de acompañamiento. Hasta 2004-5 fueron realizados ocho acompañamientos, con la aplicación de cuestionarios a las mamás y/o a los miembros de la cohorte conforme el rango de edad. Exámenes antropométricos y clínicos fueron realizados en las visitas. Los participantes de la cohorte son descritos de acuerdo con las variables demográficas, socioeconómicas y de salud, obtenidas en los primeros acompañamientos, que son utilizadas como variables de exposición. RESULTADOS: La mayor parte de los jóvenes de la cohorte fueron acompañados durante 23 años de vida y distintas visitas. Los acompañamientos que obtuvieron mayor éxito fueron aquellos precedidos por un censo de la ciudad. Con éste método fueron localizados 87,2% en 1984 (edad promedio de 19 meses), 84,1% en 2006 (promedio 43 meses), y 77,4% en 2004-5 (promedio 23 años). CONCLUSIONES: Estudios de cohorte de nacimientos pueden ser realizados con éxito en países en desarrollo, y la metodología utilizada en esos estudios de ciclo vital permite estudiar la influencia de exposiciones precoces sobre la determinación de las enfermedades de la vida adulta.OBJECTIVE: To describe the methods employed in the longitudinal and follow-up studies of children born in Pelotas (Southern Brazil) in 1982. METHODS: The cohort began with a perinatal health survey that included all 6,011 children born in maternity wards in Pelotas in 1982. The 5,914 children born alive in the city were included in the follow-up studies. By 2004-5, we had conducted eight follow-ups, which consisted of the administration of questionnaires to mothers and/or cohort members, depending on age, in addition to anthropometric and clinical examination. Cohort subjects are described in terms of demographic, socioeconomic, and health-related variables collected during early follow-up studies, which are used as exposure variables. RESULTS: The majority of subjects in the cohort were followed for 23 years and on multiple occasions. The most successful follow-ups were those preceded by a city census. Using this method, we were able to locate 87.2% of subjects in 1984 (mean age 19 months), 84.1% in 1986 (mean age 43 months), and 77.4% in 2004-5, and 77.4% in 2004-5 (mean age 23 years). CONCLUSIONS: Birth cohort studies can be carried out successfully in developing countries, and the methods employed in this life-cycle study have allowed us to investigate the influence of early exposures in determining disease outcomes in adult life.

Keywords