Revista Educação e Cultura Contemporânea (Oct 2018)

Conceitos para pensar o Trabalho e o Meio Ambiente

  • José Geraldo Pedrosa

DOI
https://doi.org/10.5935/reeduc.v3i5.5758
Journal volume & issue
Vol. 3, no. 5

Abstract

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Trata-se de uma abordagem que se dedica à elaboração de um esboço conceitual visando contribuir para o entendimento da relação entre Trabalho e a Educação e a metamorfose contemporânea mais alarmante que é a questão ambiental. Essa é a questão de fundo: que relação existe entre crise ecológica e crise do trabalho? A hipótese é que a reflexão sobre esta questão sugere um diálogo direto com a dialética materialista – Marx e Engels. Entretanto, trazer Marx e Engels para uma reflexão contemporânea sobre o esgotamento da civilização regida pela lógica da produção e do consumo exige uma recusa a qualquer compartimentalização do conjunto da obra, principalmente aquela que secundariza os primeiros textos dedicados ao acerto de contas com a dialética hegeliana. É a recusa a esta compartimentalização e, principalmente, a valorização do diálogo com Hegel – o burguês mais radical e lúcido – que permite compreender que é a Natureza e não o Trabalho a pedra de toque da dialética materialista. É por esta via que um determinado esboço conceitual é apresentado. A primeira referência é o conceito de Natureza, que, no mundo do capital é reduzida a matéria-prima para produzir mercadorias. A seguir três outras referências são incorporadas: História Natural, Dominação da Natureza e Revolta da Natureza. Essa base conceitual e desse entendimento da obra de Marx e Engels é feita com o apoio dos frankfurtianos Herbert Marcuse, Theodor Adorno e Max Horkheimer. Palavras-chave: Trabalho. Crise Ecológica. Educação.