Brazilian Journal of Infectious Diseases (Jan 2022)

PERFIL DE RESISTÊNCIA MICROBIANA EM INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE EM UMA CIDADE DO NOROESTE PAULISTA

  • Marcelo Mouaccad Peres,
  • Arlindo Schiesari Junior,
  • Lívia Mayra de Paula Ruela,
  • Mariana Arantes Santos,
  • Natália Campos Lima Taveira

Journal volume & issue
Vol. 26
p. 101897

Abstract

Read online

Introdução/Objetivo: A infecção do trato urinário (ITU) está entre as infecções comunitárias mais importantes no mundo, sendo uma das principais causas de procura de atendimento médico, tanto em situações eletivas quanto de urgência e emergência. Apesar de sua importância, ainda são escassos os dados sobre a prevalência e a resistência microbiana dos patógenos causadores de ITU no município de Catanduva e região, o que pode comprometer a conduta terapêutica inicial. Isso é particularmente importante em pacientes que precisam iniciar prontamente uma terapia antimicrobiana, ainda sem os resultados de culturas e antibiogramas. O trabalho tem por objetivo identificar os principais agentes etiológicos das infecções do trato urinário e seus respectivos padrões de resistência antimicrobiana, e assistir no manejo de pacientes no contexto de terapia empírica. Métodos: Estudo transversal no qual se realizou um levantamento de dados acerca da etiologia e padrão de resistência de uropatógenos em ambiente comunitário no município de Catanduva (SP) e região. Resultados: O uropatógeno mais frequente foi E. coli (66,88%). A faixa etária mais prevalente foi de 50 a 84 anos. Fosfomicina e nitrofurantoína apresentaram as maiores taxas de sensibilidade frente às principais enterobactérias causadoras de ITU. As taxas de resistência à sulfametoxazol-trimetoprima contraindica seu uso no tratamento de ITU. Os dados sobre etiologia e prevalência de ITU são semelhantes aos de outros estudos, havendo variações no perfil de resistência microbiana. Conclusão: Os dados observados demonstram que a etiologia das infecções urinárias é, em parte, semelhante à encontrada em outras partes do país e do mundo. A fosfomicina e a nitrofurantoína são boas opções para a terapia empírica. É importante a realização de estudos sobre perfis de resistência aos antimicrobianos.