Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Nov 2024)

Caracterização do perfil sócio-demográfico e clínico de idosos cobertos por uma Unidade de Saúde da Família (USF) do DS Cabula-Beirú no município de Salvador-BA, Brasil.

  • Patricia Sodré Araújo,
  • Michele Rios Gonçalves

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2017.v2.s1.p.26
Journal volume & issue
Vol. 2, no. s.1

Abstract

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Introdução: Os idosos apresentam características morfofisiológicas, psicológicas e socioeconômicas diferenciadas de outros indivíduos1. Percentuais significativos de idosos são acometidos por várias doenças simultaneamente, como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, as doenças cardiovasculares e as osteoarticulares, fato que ocasiona no uso de vários medicamentos1, 2. A hipertensão arterial sistêmica tem alta prevalência e baixas taxas de controle, considerada um dos principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública3. Objetivo: Caracterizar o perfil sóciodemográfico e clínico de idosos cobertos por uma unidade de saúde da família (USF) do Distrito Sanitário Cabula-Beirú no município de Salvador-BA, Brasil. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo, de corte transversal realizado entre novembro de 2015 a abril de 2016, tendo como amostra a população de idosos atendidos na USF de Pernambuezinho, localizada no DS CabulaBeirú. Considerou-se idoso como pessoas com 60 anos ou mais, de acordo com o art. 2° da Lei n° 8.842/94 (BRASIL, 1994). No presente período do levantamento, apresentava 643 idosos cadastrados, realizado a entrevista com 288 idosos através de questionário semi-estruturado. Os dados totalizados foram sumarizados para análise descritiva no software Excel® e receberam análise estatística apropriada. Pesquisa foi aprovada pelo CEP-UNEB. Resultados: A pesquisa apresentou 69,44% pessoas do sexo feminino e 30,56% do sexo masculino, confirmando a tendência de estudos, com o predomínio de mulheres na população idosa4,5. Os negros (34,03%) e pardos (49,65%) constituíram uma grande parcela na pesquisa, sendo uma população de baixa renda, em que 84,72% recebem até dois salários mínimos, com 70,83% da classe D-E, 58,68% aposentados. A maioria dos idosos (72,22%) declarou não consumir bebida alcoólica, 5,21% se declararam fumantes, 40,63% ex-fumantes. As doenças mais prevalentes entre os entrevistados foi hipertensão (67,71%), diabetes mellitus (30,21%) e dislipidemias (42,01%). Destacando-se na pesquisa a hipertensão arterial sistêmica com 67,71%, resultado semelhante ao encontrado em outras pesquisas realizadas na atenção básica 9 10. Conclusões: No geral a população estudada caracterizou-se pelo maior número de mulheres, maioria de idosos que se declararam pardos e negros, de baixa renda, com maior parte de aposentados e pensionistas da classe D-E. As doenças mais prevalentes forma hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemias e doenças cardiovasculares, confirmando a tendência de estudos anteriores. Sobre os fatores de risco relacionados às principais doenças identificou-se baixo consumo de bebida alcoólica e cigarro, com elevado numero de ex-fumantes. É relevante a implantação de ações que promovam melhoria da qualidade de vida para esses idosos.