Cogitare Enfermagem (Aug 2007)

CUIDADO TRANSPESSOAL DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO DOMICILIAR - VIVENCIAR DO CUIDADO CULTURAL NA SITUAÇÃO CIRÚRGICA

  • Maria Ribeiro Lacerda,
  • Maria Helena Lenardt

DOI
https://doi.org/10.5380/ce.v1i2.8737
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 2

Abstract

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Este trabalho propõe a elaboração e aplicação de um marco referencial para cuidar em domicílio, de indivíduos e familiares que estejam vivenciando mudanças em suas condições de saúde – doença. Esta proposta está embasada em minhas concepções pessoais, nos fatores de cuidado e nas pressuposições básicas de Jean Watson. Compõem-se de uma revisão de literatura sobre cuidar-cuidado, cuidado transpessoal, cuidado domiciliar e família; do marco referencial e processo de cuidar. O processo de cuidar proposto compõe-se das seguintes fases: contato inicial, aproximação, encontro transpessoal e separação. O trabalho é apresentado na forma de dois estudos de caso. Esta forma particular de estudo vem apresentada num caminhar metodológico com descrição detalhada dos fenômenostal como é percebida e vivenciada pelos indivíduos e sedimentada pelo marco referencial trazendo um modelo com conotação existencial – fenomenológica de cuidar no domicílio. Assim, pretende contribuir para o desenvolvimento da Enfermagem através de uma forma inovadora de atuação na prática. Este estudo descreve uma prática de Enfermagem, com objetivo de prestar cuidado ao paciente cirúrgico, conforme um marco referencial. Esta prática foi desenvolvida com três pacientes, desde o pré - operatório até a alta hospitalar, em um hospital universitário da cidade de Curitiba, no período de Setembro a Outubro de 1994. A elaboração do marco referencial, partindo das minhas crenças, fundamenta-se nas idéias de vários autores, particularmente de leininger, referente ao cuidado do ponto de vista cultural. O enfoque deste marco está centrado na visão de mundo do homem, mas suas crenças, valores, cuidados, expectativas e estilo de vida cotidiana. Tais elementos tornam o marco de caráter predominantemente sócio – cultural, cujo concieto – base é a cultura e o instrumento básico é a interação. Cuidar do paciente cirúrgico representou a aplicação do porcesso de Enfermagem, cujas fases se interligam. O cuidado se apresentou como instrumento inicial mais efetivo do processo de interação. Esta prática oportunizou cuidar o vivenciar elementos novos que emergiram, de uma forma muito real, natural, educativa e sobretudo de crescimento profissional.