Remate de Males (Dec 2021)

O relato (ético) de um tradutor de Maurice Blanchot

  • Davi Andrade Pimentel

DOI
https://doi.org/10.20396/remate.v41i2.8665578
Journal volume & issue
Vol. 41, no. 2

Abstract

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Neste artigo, com base em minha experiência de tradutor do escritor francês Maurice Blanchot, proponho algumas reflexões sobre a tradução enquanto ato ético, entendendo por ato ético o respeito pela diferença da língua do outro estrangeiro, o que significa não aclimatá-la à língua do tradutor, mas sim deixá-la abrir novos espaços sintáticos e semânticos em minha própria língua. Nesse percurso, além da análise da tradução de fragmentos escolhidos da narrativa L’attente l’oubli, de Blanchot, pretendo dialogar com três ideias essenciais, a meu ver, ao ato tradutório: a primeira, a ideia de Jacques Lacan sobre a letra como materialidade do significante; a segunda, a ideia de Antoine Berman sobre a ética na tradução; e, a terceira, a ideia do próprio Blanchot sobre a tradução enquanto diferença.

Keywords