Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Apr 2024)

Adequação do Consumo de Ácidos Graxos entre Pacientes em Prevenção Cardiovascular Secundária

  • Aline Marcadenti,
  • Rachel H. Vieira Machado,
  • Renato Hideo Nakagawa Santos,
  • Caio Cesar dos Santos Kasai,
  • Cristiane Kovacs,
  • Annie Bello,
  • Cristina H. de Matos,
  • Renata Torres Abib Bertacco,
  • Gabriela C. Souza,
  • Gabriela da S. Schirmann,
  • Francisca Eugenia Zaina Nagano,
  • Soraia Poloni,
  • Raquel Milani El Kik,
  • Naoel Hassan Feres,
  • Isa G. Rodrigues,
  • Antônio Carlos Sobral Sousa,
  • Josilene M. F. Pinheiro,
  • Sandra Mary Lima Vasconcelos,
  • Daniele Maria de Oliveira Carlos,
  • Viviane Sahade Souza,
  • Adriana Barros Gomes,
  • José Albuquerque de Figueiredo Neto,
  • Emilio Hideyuki Moriguchi,
  • Maria Cristina Izar,
  • Sônia Lopes Pinto,
  • Josefina Bressan,
  • Simone Raimondi de Souza,
  • Magali C. Kumbier,
  • Celme Barroncas Passos de Araújo,
  • Camila R. Torreglosa,
  • Bernardete Weber,
  • Ângela Cristine Bersch-Ferreira

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20230487
Journal volume & issue
Vol. 121, no. 3

Abstract

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Resumo Fundamento: A adesão à uma alimentação adequada em macronutrientes é fundamental para a prevenção secundária de doenças cardiovasculares. Objetivo: Avaliar a prevalência de adesão às recomendações de consumo de ácidos graxos para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, e estimar se a presença de determinados fatores de risco cardiovascular estaria associada à adesão. Métodos: Estudo transversal com os dados de linha de base de 2358 participantes do estudo "Brazilian Cardioprotective Nutritional Program Trial". Dados de consumo alimentar, e fatores de risco cardiovascular foram avaliados. Foi considerada, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, uma ingestão adequada de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) ≥10% do consumo total de energia diária, para ácidos graxos monoinsaturados (AGM), 20% e para ácidos graxos saturados (AGS), <7%. Na análise estatística foi considerando nível de significância de 5%. Resultados: Nenhum participante aderiu a todas as recomendações de forma simultânea e mais da metade (1482 [62,9%]) não aderiu a nenhuma recomendação. A adesão exclusivamente à recomendação de AGS foi a mais prevalente, sendo cumprida por 659 (28%) dos participantes, seguida da adesão exclusivamente à recomendação de AGP (178 [7,6%]) e de AGM (5 [0,2%]). Não houve associação entre o número de comorbidades e a adesão às recomendações nutricionais (p =0,269). Os participantes da região Nordeste do país apresentaram maior proporção de adesão às recomendações para consumo de AGS (38,42%), e menor para ingestão de AGPI (3,52%) (p <0,001) em comparação às demais. Conclusões: Na amostra avaliada, evidenciou-se baixa adesão às recomendações nutricionais para consumo de ácidos graxos.

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