Medicina (Aug 2020)

Fatores associados à presença de Candida spp. em amostras de fluído vaginal de mulheres residentes em comunidades quilombolas

  • José Eduardo Batista,
  • Anderson Pereira de Oliveira,
  • Francisca Bruna Arruda Aragão,
  • Gerusinete Rodrigues Bastos dos Santos,
  • Walder Jansen de Mello Lobão,
  • Caio da Costa Cunha,
  • Thiago de Sousa Santos,
  • Clice Pimentel Cunha de Sousa,
  • Vandilson Pinheiro Rodrigues

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v53i2p171-181
Journal volume & issue
Vol. 53, no. 2

Abstract

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Objetivo: Investigar a frequência e fatores associados à detecção de Candida spp. em fluido vaginal de mulheres residentes em uma comunidade quilombola. Materiais e Método: Um estudo transversal foi conduzido com 177 mulheres residentes em uma comunidade quilombola no Nordeste do Brasil. Foram coletados dados sociodemográficos, hábitos de vida, saúde geral e saúde reprodutiva. O material coletado na região do colo do útero foi submetido a exame citopatológico. Amostras de fluido vaginal foram coletadas para a análise microbiológica. Os testes Qui-quadrado, exato de Fisher e modelos de Regressão Logística foram utilizados na análise estatística. Resultados: Foi detectado Candida spp. em 28,9% das amostras. A espécie mais frequente nos casos positivos foi a Candida albicans (49%), seguida da Candida krusei (39,2%). Após o ajustamento, observou-se que mulheres com idade igual ou maior que 50 anos apresentaram maior chance da detecção de Candida spp. no fluido vaginal (OR ajustada = 3,46; IC95% = 1,68-7,12), enquanto as mulheres com queixa de corrimento vaginal apresentaram uma chance menor de detecção de Candida spp. (OR ajustada = 0,29; IC95% = 0,11-0,78). Conclusão: Os achados sugerem uma elevada detecção de Candida spp. no fluido vaginal entre mulheres residentes em comunidades quilombolas, o que sinaliza a necessidade do planejamento de medidas para prevenção e rastreamento de caso de candidíase vulvovaginal neste grupo populacional. Além disso, a presença de Candida spp. foi mais elevada em mulheres a partir da quinta década de vida, menor nas mulheres com queixas de corrimento vaginal.

Keywords