Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Feb 2023)

Frequência de pacientes com diagnóstico de Linfoma não Hodgkin tratados com Rituximabe pelo PCDT no Serviço de Oncohematologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES)

  • Monica Lopes Sampaio Silva,
  • Taiane Candeias da Silva,
  • Milena da Silva Lima,
  • Luana Sávia,
  • Gilvania da Silva Santos

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2022.v1.s2.p.42
Journal volume & issue
Vol. 1, no. s.2

Abstract

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Introdução: O tratamento de pacientes com linfoma não-Hodgkin de grandes células B com o medicamento Rituximabe está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2011. O uso do Rituximabe foi ampliado para o tratamento do linfoma não-Hodgkin folicular em 2013 pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC. Objetivo: Caracterizar a frequência de pacientes com diagnóstico de Linfoma não Hodgkin tratados com Rituximabe pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do SUS no Serviço de Oncohematologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (HUPES – UFBA) no período de Janeiro de 2021 a Outubro de 2022, através das autorizações solicitadas ao Ministério da Saúde via SESAB. Método: Foram coletados dados das planilhas enviadas pelo Serviço de Farmacotécnica da Farmácia Hospitalar do HUPES durante o período referido. Contabilizaram-se todos os pacientes com diagnóstico e CID-10 contemplados pelo PCDT e os dados foram tratados conforme a frequência e média. Esse estudo foi aprovado pelo CEP institucional sob número 4465789. Resultados e Discussão: Nesse período, 33 pacientes fizeram o tratamento com Rituximabe pelo PCDT, sendo 55% (n=18) do sexo masculino e 45% (n=15) do sexo feminino. Conforme dados do INCA é o 8º tipo de câncer mais incidente entre os homens no Brasil. A idade média correspondeu a 53,7 anos, sendo a idade mínima 26 e a máxima 82 anos. Ao separar as idades em faixa etária, foi obtido como faixa etária mais incidente entre 40 a 49 anos, 24% (n=8); seguida por 50 a 59 anos, 21% (n=7) e por 60 a 69 anos, 21% (n=7). No que diz respeito ao diagnóstico, o Linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B representaram 76% (n=25) sendo o caso de maior prevalência; também encontrado na literatura, já o Linfoma nãoHodgkin, pequenas células clivadas, folicular representou 12% (n=4); Linfoma não-Hodgkin, folicular, não especificado 9% (n=3); e Linfoma não-Hodgkin, grandes células, folicular 3% (n=1). Conclusão: Os dados apresentados neste estudo proporcionam melhor clareza em relação ao perfil de pacientes contemplados no tratamento com Rituximabe, conforme critérios preestabelecidos pelo PCDT. O acesso ao medicamento contribuiu na melhoria da qualidade da atenção farmacêutica e consequentemente na melhoria da qualidade de vida da população assistida nesta instituição.