Brazilian Journal of Psychiatry (Sep 2011)
Exposure to violence in incarcerated youth from the city of São Paulo Exposição à violência entre jovens da cidade de São Paulo em privação de liberdade
Abstract
OBJECTIVE: This study aimed to determine the extent of exposure to community violence among delinquent Brazilian youth in the 12-month period prior to their incarceration and to identify factors associated with this exposure. METHOD: With an oversampling of girls, a cross-section of youth under 18 years of age from juvenile detention units in the city of São Paulo, Brazil completed a structured interview. Key items related to exposure to violence (witnessed and experienced) were drawn from the Social and Health Assessment questionnaire to cover the 12-month period prior to incarceration. RESULTS: Participants (n = 325, 89% boys) reported high rates of exposure to violence with largely similar levels for boys and girls. Being threatened with physical harm, being beaten or mugged and/or shot at were the most common forms of violence experienced. After controlling for demographic and family variables, the fact of having peers involved in risk behavior, easy access to guns and previous involvement with the justice system were associated with witnessed violence; whereas having slept on the street was the only variable associated with experienced violence. CONCLUSION: This group of youth was exposed to high levels of violence and other adverse experiences. Future research should examine the effectiveness of strategies aimed at reducing the exposure to violence of high-risk youth.OBJETIVO: Esse estudo procurou determinar a extensão da exposição à violência na comunidade entre jovens brasileiros delinquentes nos 12 meses que antecederam sua privação de liberdade e identificar fatores associados a essa exposição. MÉTODO: Um corte transversal de menores de 18 anos internados em unidades da Fundação Casa/ex-FEBEM na cidade de São Paulo, Brasil (com meninas superamostradas) participou de entrevista estruturada. Itens-chave sobre exposição à violência (testemunhada e vivenciada) foram retirados do questionário Social and Health Assessment para cobrir o período de 12 meses anterior à internação. RESULTADOS: Os participantes (n = 325, 89% meninos) referiram altas taxas de exposição à violência, taxas estas muito similares entre meninos e meninas. Ter sofrido ameaças de lesão física, ter sido espancado ou assaltado e/ou baleado foram as formas mais comuns de violência vivenciada. Após controlar por fatores sociodemográficos e familiares, o relacionamento com jovens envolvidos em comportamentos de risco, o fácil acesso a armas de fogo e a passagem prévia pela Justiça estiveram associados à violência testemunhada, enquanto ter dormido na rua foi o único fator associado à violência vivenciada. CONCLUSÃO: Esse grupo de jovens foi exposto a altos níveis de violência e a outras experiências adversas. Pesquisas futuras devem examinar a efetividade de estratégias que visem reduzir a exposição à violência entre jovens de alto risco.
Keywords